domingo, 8 de novembro de 2009

VIVENDO RECIFE RECORDANDO CAMPINA GRANDE






5.00 horas da manhã na praia de Boa Viagem, mar calmo, os automóveis começam a se movimentar, os banhistas chegando, o sol brilhando, que anuncia um novo dia na vida das pessoas. Vivendo nesta praia há mais ou menos quarenta anos, me sinto como uma pessoa da terra, mesmo vindo de nossa Campina Grande, no Estado da Paraíba. Às vezes penso, como foi possível a minha transferência para esta bela cidade do Recife, cidade mágica, que acolhe com tanto carinho os seus visitantes, dando-lhes o certificado de recifense. Claro, a pessoa não perde as raízes da terra em que nasceu, mas o convívio com os recifenses o transforma, concedendo-lhe todo o jeito de viver tranquilamente como se aqui tivesse nascido.

Hoje, as pessoas moram em Boa Viagem, como se não existisse o centro do Recife, pois não é mais necessário ter que ir ao centro da cidade, porque a Praia de Boa Viagem é dotada de um comércio moderno, com uma rede de Supermercados, Shopping Centers, Cinemas Teatros, Hospitais, Faculdades, Televisão, Internet, Telefone Celular e Rede Hotéis. Muitas pessoas quase não mais conhecem as belíssimas pontes do Recife, o Rio Capibaribe, Universidades, Cinemas, Teatros. Por aqui, já não mais existem aquelas belas residências, mas sim, grandes edifícios residenciais, que substituíram os palacetes que serviam para as temporadas de praia dos ricos de uma época.

São estas comodidades que fazem a gente esquecer as nossas cidades onde nascemos, que pouca coisa ofereciam . Entretanto, a sua cidade, a exemplo do Recife, também tomou um impulso de desenvolvimento, tornando-se grandes centros, criando grandes pólos de desenvolvimento, com a criação de Industrias, Comércio de primeira linha, Universidades, Teatros, Cinemas, parecendo-se até com o Recife, devido à fácil comunicação entre as cidades e Estados. Nota-se que o estilo de vida das comunidades são muito parecidas, havendo pouca diferença de viver numa capital e outra cidade do interior, pois as ligações de boas estradas encurtam as distâncias e as comunicações se encarregam de levarem as notícias às mais longas distâncias.

Voltando à Paraíba, relembro o meu coestaduano, Ministro, Governador da Paraíba, José Américo de Almeida que, nos seus discursos dizia: voltar é uma forma de renascer, ninguém se perde na volta. Mas, aqui pra nós, eu tenho um medo lascado de Voltar...

Ccabral – Nov.2009

2 comentários:

Unknown disse...

Meu caro Clóvis!Recordar Campina Grande é ser feliz de novo.Sim,feliz por poder dizer que Campina Grande ainda resiste ao modernismo que a globalização tenta tatuar à força,corroendo e tentando nos fazer esquecer a quele pãozinho quente de fim de tarde na padaria da esquina da nossa rua.Tenha medo não!Volte sempre!

Unknown disse...

Clovis - Belissímo trabalho. sempre um prazer ler o que voce escreve