domingo, 22 de novembro de 2009

JOANA FUTEBOL CLUBE





É curioso, só agora que venho observar, que a nossa família foi uma equipe de futebol, contando com os 11(onze) atletas que lutou em todos os campos da vida, conseguindo os campeonatos disputados com outras equipes, também de valor. Claro, que sendo de puros amadores, descalços, camisas desbotadas, mas com uma Diretoria forte, trabalhando incansavelmente para a vitória, mesmo sem reservas, contando apenas com os titulares - João( o capitão), Ana(a madrinha), José, Batista, Mercilia, Severina, Maria, Sebastião, Aluisio, Clovis e Nair. Este time poderia até se chamar de JOANA FUTEBOL CLUBE, que seria a junção do casal – João e Ana – (papai e mãe) responsável pelas formação dos outros atletas.

Aí vem as coincidências: meu pai, trabalhou na construção do campo do 13 em Campina Grande, carregando barro com a sua frota de jumentos com basculantes, com tecnologia de ponta na época – desatava o nó da corda e descia a carga de barro. Se não me engano, eram 20 animais naquela tarefa, o que lhe rendeu alguns mil reis.

Sebastião, Aluisio e eu, jogamos futebol nas peladas de Campina Grande. Eu gostava tanto de futebol, que fui fundador do Internacional daquela cidade e joguei até os meus 26 anos, quando pendurei as minhas chuteiras, vindo morar no Recife, pra enfrentar outro jogo duro – o de ganhar a vida trabalhando com o meu irmão Sebastião, como contador de sua firma desde 1958. Ainda hoje, gosto de futebol, pela televisão, sendo um torcedor fervoroso do tricolor – Fluminense do Rio de Janeiro, São Paulo paulista, Internacional de Porto Alegre e o Santinha do Arruda.

Que tempo bom, quando praticava esporte, treinando de madrugada, jogando aos domingos, discutindo durante às noites, tudo sobre futebol da terra e de outros clubes do Sul. Sabíamos todas as histórias dos clubes do Rio e São Paulo, tudo acompanhado pelo rádio. Éramos uns fanáticos pelo futebol do Estado, especialmente pelo maior time da cidade, o 13 Futebol Clube e, que depois vinham o Paulistano, o Ypiranga, o Campinense e o Internacional.

Como admirador do Fluminense, eu recebia a revista do clube do Rio de Janeiro, que me dava a autoridade de saber toda história do tricolor e usava aquele broche na lapela do paletó, com todo orgulho, que hoje troco pelo distintivo do Rotary Clube do Recife Frey Caneca, outra equipe muito forte em minha vida...

Ccabral – 20-11-2009

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