domingo, 29 de novembro de 2009

OUSADIA DE ESTUDANTE



Conheci o Embaixador Americano Lincoln Gordon, nos dias difíceis da situação Política Brasileira, em 1964, um mês antes do Movimento Militar que tirou João Goulart da Presidência da República em 30 de março de 1964. A posição do Pais era caótica e os políticos não se entendiam, a inflação e a corrupção estavam de frente e os comunistas aproveitavam para que o Brasil entrasse em definitivo na subversão e eles tivessem o comando geral, tornando o Pais numa Ditadura Comunista.Os movimentos nos sindicatos dos metalúrgicos em São Paulo, comandados por Luiz Inácio da Silva, o Lula, atuavam a todo vapor e no Nordeste, especialmente em Pernambuco, o comando era das Ligas Camponesas, com a liderança de Francisco Julião, líder comunista. O Governador do Estado era Miguel Arraes, foi logo deposto pelas forças militares. Fechado o Congresso, assumiu o lugar de Presidente, o General Castelo Branco e outros militares receberam cargos importantes, dando continuidade ao Movimento Militar.

Justamente 30 dias antes do movimento militar, a Turma de Economia da Universidade Federal de Pernambuco, envolvida em discordâncias políticas, dividiu-se em duas, sendo a parte maior, com 37 estudantes, que convidaram para o seu paraninfo, o Presidente dos Estados Unidos – John Kennedy, que aceitou o convite, mas, infelizmente o Presidente foi assassinado e o Governo mandou o Embaixador Lincoln Gordon, como representante, tendo o mesmo comparecido à Colação de Grau, realizado no Salão de Festas do Clube Internacional do Recife , em 29 de fevereiro de 1964, tendo comparecido também, o Ex-Presidente Juscelino Kubischek de Oliveira, como Patrono. Foi um momento de muita expectativa, pois o Governo Miguel Arraes, sendo da esquerda, não mandou nenhuma proteção militar, ficando as famílias dos formandos, substituindo a segurança. Mas, felizmente não houve qualquer problema e a solenidade transcorreu normalmente.

Como eu não era político e vivia às custas do meu trabalho, junto à firma do meu irmão, trabalhando como Contador, apenas observava os movimentos estudantis, sem ter nenhuma simpatia pelo comunismo e, sendo assim, os esquerdistas tinham um tratamento de desprezo para todos aqueles que não concordavam com eles, chamando-os de Reacionários, Entreguistas e outros Adjetivos mais Pesados. Eles, os pseudo-Comunistas, que são os mesmos aproveitistas, agora estão no poder, com roupas novas, cargos importantes, com partido novo- PT-Petistas de Paletó e Gravata, cuja sigla deveria ser – PTPG ou PT-PAGA...

Os petistas aprenderam uma nova técnica de tomar o poder no silêncio, deixaram de condenar as práticas desonestas e partiram para faze-las, também, consolidando a força do poder aos dirigentes do PT, usando o dinheiro público e comprando os outros partidos, dando-lhes cargos importantes no Governo. Ninguém sabe se essa engenhoca está certa, mas estão aproveitando enquanto Braz é Tesoureiro. Convém lembrar que a manteiga em pão de pobre só cai virada pra baixo...




OSCAR'S



As amizades não tem fim e começam espontaneamente, se tornando uma base profunda de uma boa convivência entre as pessoas. Conheci duas personalidades com o mesmo nome – Oscar, que marcaram a minha vida. O Oscar Adelino, no meu tempo de jovem em Campina Grande e Oscar Barbosa, no Recife. Hoje,o Oscar, advogado de grande prestígio na Paraíba, jogamos juntos no Internacional, bom atleta e amigo valoroso. Fundamos o Internacional Futebol Club, éramos amigos de festa e de papo nas praças de Campina, onde morávamos.

Das muitas vezes que tenho ido à terrinha, não tem sido possível encontrá-lo mas, com a companhia do grande amigo Zétavares, tomo conhecimento de toda movimentação do nosso Oscar Adelino que, trabalha em casa, por ser mais cômodo e, no seu escritório ficam os seus filhos o substituindo nas tarefas jurídicas, continuando os negócios no seu comando.

Parece que o nosso Adelino, tem um novo desafio – criação de Cabras, para o que, lhe ofereço o meu sobrenome CABRAL, pois dizem que os nossos antepassados em Portugal, eram criadores de Cabras, também. Penso até em propor uma parceria, aqui por Pernambuco, com a orientação de José Carlos Penna, com a finalidade de voltarmos à mesma tarefa que tivemos no Internacional Futebol Club. A sugestão do nome da empresa é OSCABRA NORDESTE LTDA ou PENNOSCABRA LTDA.

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Outro grande Oscar na minha vida – OSCAR BARBOSA, gente de primeiríssima linha que, o conheci há muito tempo na Associação Comercial de Pernambuco – ACP, fazendo parte da Diretoria ou do Conselho. O Oscar era uma pessoa, tão boa e sincera, o quanto o outro Oscar de Campina Grande. Dos muitos amigos da ACP, destaco aquela figura séria, positiva, sem papa na língua, sempre defendendo o conceito da nossa Associação, fazendo valer a independência da casa, mesmo em tempos difíceis. O nosso saudoso Oscar, pra todos, sempre foi uma mola mestra perante os Empresários, levando aos poderes dos Governos, uma mensagem equilibrada e sem medo, mostrando a posição firme da Associação.

O companheiro Oscar foi sempre consultado para a Presidência da ACP, mas, devido aos seus grandes afazeres na sua atividade de despachante Aduaneiro – Agência Raposo, empresa centenária, sempre agradeceu, não aceitando o cargo. Falecendo, prematuramente, há mais ou menos dois anos, perdi a melhor amizade da ACP, entretanto, me aproximei do seu filho José Carlos, que o substitui e recebo aquela mesma fineza, quando o visito, me sendo oferecido o cafezinho, com as mesmas xícaras – marca de uma grande amizade...

Na fundação da Associação Brasil Holanda-ABH, O Oscar, juntamente com os companheiros Antonio Fabrício Guedes Alcoforado, Gerardus Maria van Geel, Clovis Antunes, Stelo Queiroz,Clovis Cabral, Antonio F. de Oliveira, Jornalista Lino Rocha, Geraldo Leenders e Dagoberto Lobo, deu todo apoio, conseguindo uma sala na ACP para as reuniões. Mais uma vez, o convidamos para Presidente desta associação, mas o amigo agradeceu e disse:” Colaboro o tempo todo, sendo apenas sócio”.
Ccabral – julho 2009


ORQ.SINFÔNICA DE N.YORK - ORQ. CRIANÇA CIDADÃ







Em 1958, quando chegava ao Recife, tive a grande satisfação de assistir à apresentação da Orquestra Sinfônica de New York, no Teatro Santa Isabel, a convite da família Cardoso. Foi, na verdade, o maior presente musical que recebi em minha vida, especialmente, novo na cidade. A oportunidade de presenciar um acontecimento dessa natureza, jamais pensei. Para os admiradores da boa música, causou uma grande emoção na sociedade recifense.

Solteiro, ávido pela música, num camarote, sozinho, estava o pobre marquês, dando uma de burguês, esquecendo da pobreza, parecendo gente importante. Fóra o saudoso Walter Cardoso, que me convidou, ninguém mais me conhecia e eu fiquei metido a “cavalo do cão”, dando uma de entendido de música erudita, sem esquecer o meu baião pé de serra, lá do sertão da Paraíba. Assim, sempre digo aos amigos que fui um privilegiado musical e eles me perguntam: então, Clovis, a que Orquestra você pertence e qual instrumento é de sua preferência? É, infelizmente, não toco nada, mas presto uma atenção danada...

Não lembro mais das músicas executadas pela famosa Orquestra Americana que, me deixou entusiasmado e ao mesmo tempo com vontade de chorar. Para completar o recital, ouvimos o Hino Nacional Brasileiro, como um presente ao nosso Recife que, foi uma coisa fenomenal.

ORQUESTRA CRIANÇA CIDADÃ

Agora, em junho de 2009, tive a segunda satisfação, quando fui convidado pelo Dr. Nildo Nery e Cussy de Almeida, para uma apresentação da Orquestra Criança Cidadã, constituída de crianças do bairro do Coque. Confesso, a emoção foi maior do que a da Orquestra dos Estados Unidos. Foi, como se estivesse assistindo àquela grande Orquestra Americana, mas, com as músicas clássicas e populares, com repertório nosso, que encheram os nossos corações de emoção. Pelo que se observa com relação à nossa Orquestra, sob a direção do Prof. Cussy de Almeida e o Dr. Nildo Nery, tem muita coisa a acontecer no setor musical do Recife, com as crianças do Coque. Não precisa dizer que ações desse tipo, só podem ir pra frente, pois contam com o firme apoio de toda a sociedade. Lembrando um passado, vou plagiar um Jornal de Notícias Francesas-Pathé, do cinema, no meu tempo, que depois da notícia, dizia em português: PARABÉNS CAMPEÕES.

Esta apresentação, foi especialmente oferecida ao pessoal do Gibi Aquático da Praia de Boa Viagem, ao Aquário de Deus, a Turma do Cri e ao Jornal Fuleragem, em nome dos editores Josué de Oliveira Lima e a Chico Cordeiro. A apresentação foi realizada no Quartel do Exercito da Cabanga, ficando o auditório completamente lotado. Que outros encontros sejam promovidos, para o maior incentivo aos pequenos grandes músicos...

ORLANDO CORREIA EM 3D






Felizmente, encontrei o amigo Orlando Correia, depois de um longo período. Acredito que um livreto que escrevi foi o responsável pelo nosso agradável encontro, no seu escritório de advocacia, quando tive o prazer de abraçá-lo e conversarmos sobre pessoas e fatos do passado em Campina Grande. O Orlando era uma pessoa reservada, trabalhando em Noujaim & Habib, concessionário de automóveis da Ford e tinha um grupo de amigos intelectuais, destacando-se o Sr. Mangabeira.

Profundo conhecedor da língua inglesa, sempre esteve à frente dos movimentos estudantis, onde gozava de grande prestígio na cidade, onde nos conhecemos. Não sei se o Orlando veio para o Recife, antes ou depois de mim. E, falando em dimensão, o seu primeiro passo, foi na terrinha, a segunda, trabalhando na Ford-Recife e a terceira dimensão, foi no batente, como advogado. Estive no escritório do amigo, acompanhado do companheiro Pedro Paulo, também economista e advogado, quando levamos aquele papo descontraído. Lembro, que disse a Orlando que tinha escrito o meu livrinho sobre a minha vida, o qual estava em suas mãos para o devido autógrafo, sem nenhuma pretensão, pois não era nenhum escritor e confessava essa condição. Então, Orlando disse-me: “ olha, Clovis, você fez tudo e não precisa justificar nada mais; porque estou lendo-o e fico muito alegre pelo seu feito. Parabéns, pelo Clovis que eu não conhecia”

Orlando, quando estava na segunda dimensão, sempre me encontrava com ele e eu brincava muito, dizendo que o meu amigo era o maior procurador de americano do Recife, mas, para aperfeiçoar o seu inglês, sem nada pagar. Na verdade, o amigo era um expert da língua inglesa, falando com aquela voz grossa e sempre risonho, pois estava sempre bem com a vida.

Agora, digo ao meu caro amigo Orlando, que não posso parar de escrever essas históriazinhas, porque fazem parte de minha vida e isto é uma maneira de exercitar a mente, lembrando dos bons momentos de luta, relembrando, também, os nomes dos amigos, a exemplo de nosso encontro agradável. Quem sabe se o amigo não vai, também me seguir, escrevendo a sua trajetória, que foi muito importante pra você, seus familiares e amigos? Insisto, escreva, escreva!!!

ORGULHO DE SER MATUTO



Se o Supermercado BOMPREÇO, tem o seu slogan de “ORGULHO DE SER NORDESTINO” e o EXTRA, usa o seu slogan de” ORGULHO DE SER BRASILEIRO,” o Pobre Marquês também tem o seu” ORGULHO DE SER MATUTO”.Quanto ao Bompreço, penso que foi idéia ainda de João Carlos Paes Mendonça. Já no caso do Extra, deve ter sido um plagio para mandar forças contra a propaganda do Bompreço. Assim, dentro do seguimento do plágio, eu também quero entrar de lado desta guerrinha, sem colocar lenha na fogueira. Á imitação sempre existiu em todos os setores, começando pela família, quando os filhos imitam os pais, que também foram imitadores quando eram crianças. Enfim, estamos no mundo do plágio, consciente ou inconsciente.
Os alunos imitam os professores, mesmo recebendo as suas aulas. Os escritores imitam os seus colegas.

Neste seguimento de imitação, nós matutos, somos mestres, porque saímos do mato, só sabendo trabalhar com a velha enxada, limpando mato, ou puxando cobra para os pés.
Uma façanha relevante do matuto deve ser ressaltada; o homem do campo quando deixa a sua terra e parte para as cidades grandes, ele se reveste de coragem e força, partindo para o desconhecido e logo aprende a língua do Capitalista, transformando-se imediatamente em um bilíngüe. Com essa arma de entendimento, com a vontade de vencer, ele trabalha em qualquer serviço, pois tudo é maneiro em relação ao seu modo de viver anterior. Na cidade, o matuto não carrega lenha nas costas, não lava animais, não carrega água nas costas, não anda de burros, não toma banho de barreiro, não toma água barrenta, não dorme em cama de pau duro, não usa peixeira, não usa gibão. E, mais, fala cantando com um palavreado diferente, sendo objeto de gracejo para os capitalistas, mas consegue logo dobrar a língua e imitar os sabidos da cidade, se expressando de duas maneiras, com um sotaque decente .

Enquanto que o povo da cidade grande não tem raízes do passado, o matuto as tem, com a sua maneira de vida, suas histórias, suas dificuldades, seus amigos do passado e mais os novos amigos capitalistas(das capitais)

Portanto, dizer que matuto é o bicho que se parece mais com gente, é uma grande idiotice, pois ele ainda é um patrimônio de seriedade e um autêntico braço de trabalho que construiu a nossa terra, sem ter terra.
Eu sou matuto, meus pais eram matutos, meus irmãos foram matutos. Enfim, “ORGULHOSOS DE SERMOS MATUTOS” com registro no Tabelionato.

TRIBUTO À CATARINA CABRAL DE SOUZA LIMA



Para homenagear a minha sobrinha-neta – CATARINA, que concluiu o Curso de Administração pela Universidade Salgado Filho – 2008, me uno ao famoso cantor e compositor Benito di Paula, dizendo : TUDO EM SEU LUGAR, bem como, a letra – “agora chegou a vez, vou cantar; mulher Brasileira em primeiro lugar”.

É isto aí minha querida sobrinha, você representa a nova marcha das mulheres que dirigirão a nossa pátria, substituindo a cômoda posição dos homens. Que eles se acordem, para dar o braço às mulheres, não deixando-as fora do processo de desenvolvimento do mundo.

Esta conquista não é só de sua família, mas de todas as mulheres deste País, que tanto esperaram, andando na retaguarda, na expectativa desta oportunidade, para mostrar a sua força e dedicação, não sendo a primeira, mas, lutando na frente, juntamente com os homens, para um objetivo comum.

Enfim, esta é a minha presença na sua formatura de Administração; escrevendo estas palavras para que as coloque dentro dos escaninhos de sua vida profissional e, olhando sempre para frente, sem medo de nada...

Com certeza, os seus dignos professores deverão estar pensando da mesma maneira, pois deles é que partem os ensinamentos e a sua observação e avaliação de seus alunos, assegurando-lhes os méritos. Assim, recebam os meus cumprimentos como mestres, representantes da Instituição – Universidade Salgado Filho.


Clovis Cabral - (abril 2009)

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

FORMULA 1 - EM BOA VIAGEM




Até que enfim, o jornalista Wilson Soares, está organizando a Grande Corrida de Fórmula 1, na praia de Boa Viagem, em Recife. Poucos sabem essa especialidade do Wilson – Chefe de Competição de corrida automobilística, cuja profissão foi exercida na Europa. Mas, o Wilson, como um inovador, partiu para um empreendimento, trazendo uma coisa inédita para o nosso Recife, para dar um atrativo à nossa cansada Praia..

O Wilson, não aguentou este segredo, de 5 anos e abriu as portas para os banhistas de Boa Viagem, informando o início dos treinamentos da corrida, cujos pilotos, já estão inscritos, bem como as suas Escuderias -- PPS: PMDB; PV; PT; PC;e outras.

Quanto aos pilotos, já alinhados, são: Eduardo Campos; Jarbas Vasconcelos; João Paulo; João da Costa; João Lira:; Fernando Bezerra Coelho; Sérgio Guerra; Mendoncinha; Joaquim Francisco; Humberto Costa e Marco Maciel. Estes são os primeiros inscritos.

O organizador da corrida chama a atenção, que devido as dificuldades da pista, será necessário colocar uma via de borracha com sal, talvez seja um produto do Pré-sal para facilitar o bom desempenho dos pilotos, que querem ganhar a peleja, por qualquer preço, se possível usando até os cartões de crédito fornecidos pelo Governo.

Regras: considerando que as Escuderias, são sócias umas das outras, não havendo oposição – PPS; PMDB;PV;PT E OUTROS, não tem esse negócio de pódio, não. Partem todos iguais e salvem-se quem for mais “vivo”.

Esta será uma prova de resistência e sabedoria dos “corredores” políticos que, vão mostrar aos eleitores que a disputa deve acontecer em todos os lugares, para que provem a sua habilidade mesmo numa profissão difícil e perigosa.

Perguntar não faz mal. Quem serão os patrocinadores dessa competição? Vou arriscar. Aposto, que serão: PETRO-SAL, PETROBRAS E O PTSAL, com as fotos dos candidatos pregados nos carros.
Ccabral – set.2009

FLateuTA - Graças a Deus



O Zédaflauta, voltando de suas apresentações com a Orquestra Spock, pela Europa e Ásia, traz muita alegria e satisfação para o Brasil, especialmente para Pernambuco, de onde a Spock tem a sua sede. Pelo que Zé nos falou, a sua Orquestra, além do grande sucesso que fez no exterior, foi convidada para vários festivais de música, e até para a posse do Presidente dos Estados Unidos - Obama.

Não sabemos o que aconteceu com o nosso respeitável Zé. Enquanto, outros agradecem a Deus pelo sucesso, ele imediatamente retruca dizendo:” graças a nós músicos que trabalhamos com afinco para chegarmos a esta posição no cenário musical.” Uns, tem fé de mais, outros de menos, mas, Zé voltou foi Fedorento. Mas, como esta questão de fé não se discute, pois cada um ta na sua, ele está de camarote, com a espada na mão ou a batuta.

O nosso querido Maestro voltou plenamente documentado, tendo lido muito a respeito das religiões, trazendo em baixo do braço, uma Bíblia Contrária, um grosso volume do escritor inglês Richard, Deus, um Delírio, que traz provas palpáveis da não existência de Jesus Cristo. Não sabemos se a esta altura do campeonato, o Zé da Flauta já preparou algumas composições para o próximo carnaval – Jesus Cristo Nunca Mais, Que se Lasque o Vaticano ou Fasta pra lá o Pa, Pa,Papa. Não se admirem quando ouvirem uma música: Vamos comer Papa, vamos?

Os religiosos vão preparar uma guerra santa contra o nosso Guru Musical, forçando-o para que Zé se destrate e vista-se de Nossa Senhora, aproveitando-se de sua vasta cabeleira e o seu sorriso alegre,e em homenagem a Frei Damião, marcando o passo com um frevo rasgado – Deus me Livre, Deus me Livre, São Sebastião...Observem que no nome FLATEUTA, existe no meio da palavra um “ateu”, que só pode ser o nosso querido Zedaflauta.

FALANDO SOBRE UMA RAINHA




Reconheço que, falar sobre uma Rainha, mesmo sendo um Pobre Marquês, é uma tarefa muito difícil, pois requer muitos conhecimentos e, sendo uma Rainha diferente das que conhecemos por aqui, é arriscar a própria vida, porque com a Coroa, ninguém brinca. Mas, Marquês, já cansado, não tem nada a perder e sim a ganhar.

Vejamos, então, qual a Rainha que queremos falar: é a Rainha da Borborema, a cidade VILA NOVA DA RAINHA, talvez o nome escolhido pelo seu fundador – Teodósio de Oliveira Ledo. Essa questão do nome foi muito debatida mas, os brasileiros optaram por Campina Grande e permaneceu este nome.

Pessoalmente, tenho muitas razões para preferir o nome de VILA NOVA DA RAINHA, pois na minha mocidade, me identifiquei com a Rua Vilanova da Rainha, justamente o local, onde se iniciou a cidade, cuja rua está o ponto das primeiras edificações da Vila. Quando morava em Campina Grande, naquela rua, onde morava o pai de Tota, o Sr. Chico Maria, num belíssimo casarão de esquina e com um grande terreno ao lado com um jardim majestoso, onde freqüentei aquele muro com a minha namorada, em momentos felizes.

Pretendo lançar uma campanha junto ao Prefeito Veneziano, para voltar o belíssimo nome da cidade – VILA NOVA DA RAINHA, na tentativa de receber o apoio dos portugueses, para nos tornarmos independentes do Estado da Paraíba, constituindo um ESTADO INDEPENDENTE ASSOCIADO DE PORTUGAL, para pertencermos à Comunidade Européia, trocando a moeda REAL pelo EURO.

Acabamos de assinar o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, já escrevemos da mesma maneira que os portugueses, somos descendentes deles, descobertos por eles, o que é que falta mais? Agora, digo: se os portugueses levaram tudo daqui, está na hora de irmos buscar toda fortuna em ouro que eles levaram emprestado e não pagaram nenhuma promissória. De minha parte, como primo de Pedro Álvares Cabral , meus direitos já estão reservados, para o que, em nome do Rei Lula, serei o primeiro mandatário dessa Cara ou Coroa.

Ccabral-nov.2009




DOIS CARROS VALENTES - FORD 1929 E 1932





Na história do automóvel nos Estados Unidos, registra-se o veiculo Ford – 1929, como um dos melhores carros lançados pela Ford Corporation, produto da inspiração da família Ford, que até o presente é o símbolo da Industria Automobilística Americana, que vendeu o produto para todo o mundo. Quem não se lembra do Ford de bigode, com capota de lona, tanque de gasolina em cima do motor?

Não se deve esquecer, também, o Ford 1932, um novo produto com nova tecnologia, pronto para ganhar o mercado automotivo, com vários tipos, dos quais, destaca-se o Ford Cabriolet, que era um carro lindo pra época.

Mas, as maiores glórias foram anunciadas no ano de 1929, quando nascia o companheiro Wilmar Medeiros, que coincidentemente está completando os seus 80 anos, junto com o famoso Ford -1929, sendo estes dois, colocados frente à frente, na vitrine do esforço e capacidade do homem e a máquina.

Em 1932, a Ford em pleno desenvolvimento no mercado mundial, em face da tecnologia atualizada, parte para novos tipos de automóveis, com melhor desempenho, procurando sempre conservar as suas marcas de qualidade, lança o Ford 1932, nas diversas versões, das quais, o majestoso Ford Cabriolet, que foi um sucesso total de vendas, dando àquela Companhia, os maiores títulos de confiabilidade à referida empresa, da família Ford, dos Estados Unidos da América

Ainda em 1932, nascia em Campina Grande, Clovis Cabral, este pobre Marquês, que saiu da Paraíba, às carreiras, num Ford Cabriolet, para se encontrar com o seu melhor amigo – Wilmar Medeiros, que trabalharam no mesmo ramo de peças para automóveis, e pertencendo ao nosso famoso ROTARY CLUBE DO RECIFE FREY CANECA, onde foram os seus fundadores.

Desta forma, o Wilmar e a sua distinta família, merecem receber os parabéns de todos os seus amigos, especialmente dos companheiros do Rotary Clube do Recife Frey Caneca, pela passagem do seu aniversário - OITENTÃO!!!

Ccabral- 26-11-2009

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

DENTADURA OU DITADURA..(2)




Não sei qual é a pior: se a Dentadura ou a Ditadura. Essas duas palavras sempre me seguiram. A dentadura é um objeto inconveniente, mas necessário para facilitar a mastigação e a aparência contra a boca de sapo. Pra se acostumar com aquele pedaço de metal na boca, é um Deus nos acuda. Quando está folgada, há o perigo de cair e apertada, haja dor no coitado do usuário que precisa dessa peste. Quando a “distinta” está folgada, o grande perigo é enfrentar as ondas do mar. É tanto que quando estou tomando banho de mar com os colegas idosos, eu grito logo: Atenção velhotes, aí vem a onda, fechem a boca e segurem a chapa!!! Mas, mesmo assim, depois que baixam as ondas, passa um procurador de Dentadura e outros objetos e, no fim dos trabalhos fica aquela montanha de dentaduras, que são vendidas numa barraca de coco, perto do Pereira. Tem de todo preço e qualidade, se ajustando ao freguês, podendo usar a título de experiência. Aqui pra nós, uso a minha dentadurinha, com a segurança de uma linha de nylon transparente que ninguém consegue visualiza-la.

Uma amiga minha de Campina Grande,Valquíria, lendo um artigo no meu blog, me questionou a respeito da minha Dentadura, que me foi roubada quando eu cheguei aqui no Recife, todo metido a besta em cidade grande. Eu disse no texto que a minha querida dentadurinha de um dente só, usada naturalmente para me mostrar, foi levada pelo ladrão porque estava no bolso de uma calça surrupiada pelo gatuno que nem sabia que se usava dentadura no bolso. É, minha amiga, tive muitas dificuldades para encontrar aquela malvada. Procurei até numa lojinha de dentaduras no Cemitério de Santo Amaro, cujo material era resto dos defuntos. O único jeito foi trabalhar mais de um mês pra conseguir dinheiro pra comprar outra peste daquela...Hoje, não tenho mais problemas com dentadura – coloquei a boca toda no seguro coletivo da DITADURA, descontando na folha do PTSAL., em convênio com o PV - Partido dos Vivos...

Com relação à Ditadura, que foi tão combatida, ela agora se apresenta revestida de novas indumentárias, parecendo com uma santinha, com cara de Democracia Moderna, imitando os camaradas da Rússia, com sotaque chinês e com falação Cubana..

Camaradas, camaradas, esse filme eu já conheço!!!. O Paulo Fontes tem razão; uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. E o Governo é o culpado...

Ccabral – 25-11-2009

COISAS DE CAMPINA GRANDE - 03




Parece que o vento do Catavento, do meu artigo Campina Grande- 2 soprou a meu favor, quando, com a maior surpresa o Escritor e Jornalista Harrison Oliveira, trouxe uma fotografia, datada do ano de 1925, justamente de 84 anos atrás, mostrando o local, onde se instalou a praça João Pessoa, com a Rua Sólon de Lucena e Rua Irineu Joffile, onde está localizado o famoso Catavento, perto da Padaria S. Joaquim que o Orlando Correia se confrontou comigo nas coisas de Campina Grande, dizendo que eu não conhecia, me deixando com esta interrogação...

Bem, meu caro Orlando, você perdeu mais essa contenda, quando o espírito de Chico Maria, naturalmente em combinação com o de Chico Xavier, baixaram num centro espírita, mandando por intermédio do seu querido filho, Harisson Oliveira, uma foto do Catavento, do ano de 1925, cuja cópia terei o prazer de lhe presentear, servindo de prova de nossa maratona sobre a nossa Campina Grande. Bem que o nosso Harisson(Tota) me avisou que estava recebendo algumas comunicações extra-sensoriais que ele não sabia decifrá-las e, sabendo que eu já havia freqüentado esses ambientes, me deixou de sobreaviso do acontecimento inédito para os estudiosos da história de Campina Grande.

O Erickson Dias, tendo vivido em Campina Grande e muito interessado nessas notícias, vendo a entrega solene da foto do CATAVENTO, sem pensar, foi logo dizendo:” isso não é possível, pois morei na Rua Sólon de Lucena, justamente nesse local e nunca vi esse danado de Catavento? Seria num subterrâneo?” É, meu caro Erickson, você é um jovem e este evento é quase da fundação da cidade.

Mas, o Erickson, como sempre, muito combativo ainda saiu dizendo que não se conformava e achava que aquilo era uma montagem; solicitando a foto para submetê-la a uma pesquisa científica, me convocando paras irmos aos laboratórios fotográficos da cidade do Recife e, só depois da falar com a sua tia, mostrando essa peça rara, para declarar o resultado – sim ou não, transcrevendo em seguida, nos Jornais de Campina Grande, o fato histórico da cidade.

Conversando com o jornalista Wilson Soares a respeito dessa croniqueta, ele ficou admirado pelo desenvolvimento de Campina Grande, que no ano de 1925, já tinha uma posição de vanguarda, que em vista da poluição, usava uma energia pura através de Catavento , para bombear água para a cidade, bem como, o seu transporte eram utilizados animais, ao invés de automóveis motorizados. Assim, Campina Grande, hoje, é apontada na exposição de Paris como centro de inovação tecnológica mundial, sendo uma das duas únicas cidades da América Latina junto com São Paulo. Em 2001, Campina Grande já havia sido eleita pela revista americana Newsweek como uma das nove “Tech Cities” do mundo, devido a sua importância nas áreas da Informática e da eletrônica, especialmente no desenvolvimento de softwares.

Ccabral-nov.2009

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

DITADURA - DITA-DURA - DENTADURA



Recebi uma mensagem que especulava sobre as pessoas esquerdistas, que sempre argumentam sobre o Movimento Militar, chamando de Ditadura Militar de 1964, que desmantelou a outra tentativa de Ditadura, esta, dos comunistas. A mensagem, com o título ´” Que Ditadura??” Então, o articulista relaciona todas as ações do Governo do PT, mostrando por A mais B, que estamos dentro de uma Ditadura Petista e, o Governo “não sabe ou não quer saber”. Felizmente não entendo de Ditadura, Dita-Dura ou Ditamole, mas de Dentadura, eu entendo, conforme uma história que coloquei no meu livro – Balanço de Uma Vida, que repetirei, para aqueles que não adquiriram o Livreto sobre a minha vida, lançado em 2007.

DENTADURA - Ano 1958, data de minha chegada da Paraíba, para morar na terceira cidade do país – a nossa bela Recife, quando eu só pensava em voltar a Campina Grande todos os fins de semana, para me mostrar aos velhos amigos da terrinha. Morar em Recife, era uma glória e eu me sentia importante, encontrando os colegas e, todo metido a cavalo do cão, eu perguntava: Então, vocês sabiam que estou morando em Recife? E os nojentos parece que combinavam – friamente respondiam: é,é, é. Mas, com o tempo, toda essa emoção de morar no Recife foi desaparecendo, dando lugar à realidade da vida.

Voltando a história da Dentadura, irei tentar escrever sobre o trágico acontecimento com a minha dentadura. Morando numa espelunca, na rua Tobias Barreto, num terceiro andar, num quarto alugado, o qual não tinha banheiro e embaixo do prédio tinha um depósito de carne charque que era uma fedentina danada. Só havia uma vantagem nesse quarto, pois se situava pertinho da loja onde eu trabalhava.

Certa manhã, dei bobeira, deixando o quarto aberto e fui tomar banho, quando um ladrão subiu as escadas, roubando minha roupa de trabalho, relógio, caneta e uns trocados. Falando com o meu irão Batista, macaco velho no Recife, conhecedor das malandragens da terra, ele se comunicou com um delegado amigo seu, contando o caso e, dentro de poucos dias, o delegado telefonou para mim, pedindo para eu ir lá pra ver o ladrão. Fui a Secretaria de Segurança, na rua da Aurora e o delegado mandou trazer o ladrão que, chegou de cabeça baixa, trazendo o meu relógio e caneta. O Delegado perguntou a mim, quer perguntar alguma coisa? Eu disse sim. Perguntei ao ladrão – onde está a minha dentadura?O coitado respondeu: eu não roubei a sua dentadura, não, e, abriu a boca dizendo: essa é minha!! E ainda me perguntou, onde estava a sua dentadura? Eu disse: no bolso da calça. Ele respondeu – ah, por isso quando descia na escada com a calça, fazia um barulhinho, tiling, tiling, nas escadas...Contei essa história a um nojento de Campina Grande e ele transformou tudo, dizendo para os colegas que eu era tão matuto, que estava com a boca aberta olhando para os prédios e o ladrão deu um bote na minha boca, pensando que tinha dente de ouro. Está provado que matuto é o bicho que mais se parece com gente.
Ccabral – set.2009

CRISE POLÍTICA - MUDANÇA DA MOEDA




Parece que a crise política que envolve o senador Sarney, vai facilitar a mudança da denominação da moeda nacional e todo escândalo dos atos “secretíssimos” poderão ir para os ares e, os brasileiros esquecerão o bonzinho Senador da República, que usa o seu belo bigode como símbolo de seriedade.

O que se sugere com relação à moeda nacional, é a mudança da denominação de Real, para o ROUBO, ou seja - R$ROUBO, com os centavos – Roubinhos. Por exemplo, no caso de R$100,50, corrigindo para R$100,50 – Cem roubos e cinqüenta roubinhos. Daí para frente, não vai mais ser necessário se falar em roubos, desfalques e outras falcatruas, pois o novo termo da moeda vai direto ao assunto - o desfalque foi de tantos R$Roubos... Estão vendo como é fácil lidar com a nova moeda, esquecendo o Real que não é real e só faz confusão?

Ninguém mais, deve criar situações com os nossos políticos, colocando-os na cadeia, pois eles são direitos, corretos e merecem o perdão, de qualquer sacristão. Está provado que a opinião pública está enganada totalmente e pede perdão a esses famosos políticos. Senadores, Deputados, Governadores, Prefeitos,Vereadores, Ministros, que são todos uns filhos do Presidente Lula, – o Mestre Sala.

Claro, que tudo que foi dito, é simplesmente uma mentira de políticos, que agora vão lidar com um termo muito comum a eles – R$Roubo, moeda livre de mutreta, não necessitando mais de contestação. A presente denominação está de acordo com a nova ortografia, fazendo valer o verbo roubar – eu roubo, tu roubas, ele rouba... Agora todos roubam, sem complicação – senadores, deputados, prefeitos,vereadores, ministros e outros interessados, sem ser preciso a formação de comissões de inquéritos para cassação de mandatos. Eita, Brasilzinho bom da gota; como eu te amo...

Nestes últimos anos, a palavra “roubo”, nunca foi tão usada e, consequentemente, ela vai desaparecer dos teclados dos computadores por força de um ato secreto do senado, havendo uma fila enorme de políticos se habilitando para aproveitarem os benefícios para a aposentadoria por “roubo”, com os índices do salário mínimo do INSS.


ccabral

CONVERSA DE VENDEDOR...




CCabral

O vendedor é o bicho que se parece mais com gente e pensa que todo cliente é inocente, podendo ser facilmente convencido com as suas argumentações sobre determinado produto. Pra começar, o que ele vende sempre é o melhor, belo, mais resistente, mais funcional, inquebrável, de cores firmes e os melhores preços da praça, com garantia estendida, importado do exterior e atende as exigências do consumidor de alta categoria nacional e internacional, tratando-se do último lançamento na Feira Internacional de Berlim, na Alemanha, onde recebeu os maiores prêmios de alta qualidade.

Vou tentar contar umas duas pequenas histórias do meu tempo de comércio. A primeira foi de um alto funcionário da General Motors do Brasil, Sr. Pereira, Gerente de vendas Regionais no Nordeste. O saudoso Pereira, era uma pessoa inteligente e gozadora. Certa vez, conversávamos a respeito dos problemas que envolviam a GM e seus distribuidores. Normalmente, o funcionário da multinacional é uma pessoa preparada para responder tudo, até sem saber, pois levam lavagem de sabedoria e vivacidade, para ficar sempre mandando no coitado do cliente(Distribuidor) que, por sua vez, tem que atender às normas da Companhia , que ensina o que o distribuidor sabe. e toma o que ele tem. Não é assim, Orlando Correia, antigo funcionário da Ford?

Conversando com o Pereira, em tom de reclamação de certas decisões que a GM tomava e não deixava o cliente bem informado, eu dizia, essa Companhia é doida, porque lançou um produto novo – Velas de Ignição de Cores e nós sabemos que o produto é o mesmo e, naturalmente vai ser para atender aos terreiros de Ubanda. Aí, o zeloso funcionário, foi logo se antecipando e disse: claro, Clovis, isso é uma besteira, que deve ter sido algum funcionário macumbeiro. lá em São Paulo que esteve na Bahia e deu uma de Marqueteiro de Ogum. Assim, fiquei na minha, pois a GM nunca fabricou nenhuma vela de cor. Isto foi uma brincadeira minha e o Pereira engoliu e saiu de mansinho.

Em Campina Grande, trabalhava de embalador, numa firma de Tecidos, que naquela época, também vendia chapéus, e na hora do almoço os balconistas deixavam que eu ficasse no balcão para aprender. E um balconista espirituoso e malicioso, me ensinou que quando um matuto pedisse chapéu, ele na certa iria perguntar se eu sabia dizer quantos anos tinha o seu chapéu velho e você diga 150 anos. Assim, o primeiro que apareceu, ofereci o produto, preço, fiquei na expectativa e o matuto perguntou: menino, você sabe quantos anos tem esse meu chapéu? Não tive dúvidas, 150 anos, senhor. O matuto p. da vida, foi logo respondendo: só não lhe digo que quem tem 150 anos é a senhora sua mãe, porque respeito a sua mãezinha, viu seu filho de uma puríssima bela. Desta forma, encerrei a minha carreira de vendedor de chapéus e voltei com uma mão na frente e outra atrás, pra meu lugarzinho de PACOTEIRO, onde eu exercia aquela função com grande maestria, terminando o meu estágio de vendedor de chapéus...E aquela frase do Ministro José Américo de Almeida –“ voltar é uma forma de renascer, ninguém se perde na volta,” eu prefiro me perder, pra não olhar pra cara daquele matuto.

COISAS DE CAMPINA GRANDE - 03

COISAS DE CAMPINA GRANDE – 3


Parece que o vento do Catavento, do meu artigo Campina Grande- 2 soprou a meu favor, quando, com a maior surpresa o Escritor e Jornalista Harrison Oliveira, trouxe uma fotografia, datada do ano de 1925, justamente de 84 anos atrás, mostrando o local, onde se instalou a da praça João Pessoa, com a Rua Sólon de Lucena e Rua Irineu Joffiles, onde está localizado o famoso Catavento, perto da Padaria S. Joaquim que o Orlando Correia se confrontou comigo nas coisas de Campina Grande, dizendo que eu não conhecia, me deixando com esta interrogação...

Bem, meu caro Orlando, você perdeu mais essa contenda, quando o espírito de Chico Maria, naturalmente em combinação com o de Chico Xavier, baixaram num centro espírita, mandando por intermédio do seu querido filho, Harisson Oliveira, uma foto do Catavento, do ano de 1925, cuja cópia terei o prazer de lhe presentear, servindo de prova de nossa maratona sobre a nossa Campina Grande. Bem que o nosso Harisson(Tota) me avisou que estava recebendo algumas comunicações extra-sensoriais que ele não sabia decifrá-las e, sabendo que eu já havia freqüentado esses ambientes, me deixou de sobreaviso do acontecimento inédito para os estudiosos da história de Campina Grande.

O Erickson Dias, tendo vivido em Campina Grande e muito interessado nessas notícias, vendo a entrega solene da foto do CATAVENTO, sem pensar, foi logo dizendo:” isso não é possível, pois morei na Rua Sólon de Lucena, justamente nesse local e nunca vi esse danado de Catavento? Seria num subterrâneo?” É, meu caro Erickson, você é um jovem e este evento é quase da fundação da cidade.

Mas, o Erickson, como sempre, muito combativo ainda saiu dizendo que não se conformava e achava que aquilo era uma montagem; solicitando a foto para submetê-la a uma pesquisa científica, me convocando para irmos aos laboratórios fotográficos da cidade do Recife e, só depois da falar com a sua tia, mostrando essa peça rara, para declarar o resultado – sim ou não, transcrevendo em seguida, nos Jornais de Campina Grande, o fato histórico da cidade.

Ccabral-nov.2009

COISAS DE CAMPINA GRANDE - O2



O Catavento que eu não vi, na Praça João Pessoa, perto do Campinense Clube, próximo a Rua Solon de Lucena, onde morei. Esta é uma história que conheci por intermédio do amigo Orlando Correia, na minha última visita ao seu escritório de Advocacia, aqui no Recife. Neste gostoso papo, muita coisa foi lembrada; quando eu dizia uma,o Orlando replicava com outra, e ele sempre ganhando, devido a sua espetacular memória.

Nessa disputa “lembratorial”, provoquei o amigo, levando-o ao canto de parede, perguntando, por exemplo: “ você conheceu Maria Garrafada e onde ela morava?”. Eu disse: ou você sabe e está encabulado em afirmar? Pois eu tenho quase a certeza de que você a conheceu e ela morava no beco da Pororoca, local fatídico das primeiras experiências sexuais dos jovens da cidade, lá bem pertinho do famoso Catavento!!!

E, a inauguração do abastecimento d’agua de Campina Grande, que festa bonita para os moradores da cidade, com as torneiras abertas e a água jorrando à vontade e o povo parecia que estava tomando banho pela primeira vez na vida. Este evento o Orlando confirmou – tomou banho na calçada de sua casa...

Lembramos da chegada da Luz de Paulo Afonso, da inauguração da Rádio Borborema, do Chope do Alemão, do campo do Treze, campo do Paulistano de Pato Choco, do Pingüim, da Unidade Moreninha, da Manchúria,(ou Manichula), dos Carnavais, Festas de fim de ano, festas de Formaturas, desfile de 7 de setembro, festas no Aliança Clube 31 e Banho a Vapor do Sr. Rozendo,nas Boninas, campo do Bordel, banho no Açude Velho.

Como a minha memória não é tão boa quanto à de Orlando Correia, irei fazer uma experiência, lubrificando a cabeça com loção Glostora e um pouco de brilhantina, para conseguir me lembrar de alguma história daquela época maravilhosa da nossa Paraíba.

Mas, o confronto com o Orlando continua, pois ele disse que iria se armar com unhas e dentes para me levar a nocaute e sair com a medalha de vencedor desta disputa. Pode vir quente que estou fervendo, Mestre...

Ccabral-out-2009




COISAS DE CAMPINA GRANDE - 01




Garimpando algumas notícias do passado, do tempo da última Guerra de 39 a 45, quando eu era menino em Campina Grande e, como aquela cidade sempre saia na frente com as novidades, graças aos seus inventores e imitadores, lembrando os espetaculares artistas – os Carocas, que modificavam os revolveres nacionais, transformando-os em legítimos Smith-S, que enganavam aos mais experts em armas. Outro artista especial era o Zélomaterno, pintor excelente, que enganou até à Coletoria Federal, fazendo selos de consumo e, vendendo-os a baixo custo, levando àquela Repartição à falência.

Assim, nem precisa dizer o que aconteceu na cidade, o coitado do Zelo foi preso mas, como o artista era uma pessoa de bom comportamento o soltaram e o convidaram para fazer parte do grupo de desenhistas da Casa da Moeda, no Rio de Janeiro e o Zelo, já escaldado declinou do convite pois entendeu que queriam prendê-lo e matá-lo enforcado feito o Tiradentes e chamá-lo de Tiraselos..

Outro inventor, que não o conheci e nem lembro o seu nome, foi aquele artista, embalado nos acontecimentos da Guerra, construiu um Tanque de Guerra, usando todo material disponível e a sua inteligência, considerado a maior obra prima e de poder de destruição inigualável, para se opor aos famosos Tanques alemães que estavam acabando com os americanos. Assim, o nosso cientista trabalhou cerca de um ano na confecção dessa arma mortífera e, finalizada a construção e colocada para funcionar, em teste para o público, devido ao seu grande peso, o motor não teve forças para movimentá-lo, havendo uma explosão que desintegrou a temida máquina da morte e o seu inventou entrou em órbita, não se sabendo o seu paradeiro.

Espera-se, com os lançamentos dos foguetes interplanetários, se encontrem os restos do infeliz inventor do Tanque de Guerra Paraibano. Até o presente, procura-se saber o nome do artista para render uma homenagem, colocando uma placa histórica num logradouro público. Moral da história: o cientista tinha projetado o Tanque com Asas e,devido à pressa, não às colocou no lugar...

Ccabral-out.2009

domingo, 22 de novembro de 2009

ROTARY, MINHA FAMILIA



Pertenço a Rotary desde 17 de fevereiro de 1965 – 44 anos. Ingressei no Rotary Club do Recife, apresentado pelo saudoso companheiro Aldemar Lafayete. Hoje, Sou ligado ao Rotary Club do Recife Frei Caneca, como sócio Honorário, pois fui o idealizador do club e fiz parte da comissão de formação da entidade, juntamente com os companheiros André Leite, Emerson Loureiro Jatobá e Frederico José de Melo. A fundação do Frei Caneca foi em 24-08-87 e a admissão em Rotary Internacional em 15-12-1987. Vale lembrar o esforço do incansável e competente Hiram Fernandes Menezes de Lima, que se dedicou ao trabalho dos estatutos, registros e toda parte administrativa da Organização e, foi o seu primeiro Presidente. Os companheiros da comissão do Rotary Club do Recife, club padrinho, tiveram outras tarefas importantes na fundação do Club. Foram momentos de muita emoção, a constituição deste club que ao longo destes 22 anos, se revelou como uma fonte de Amizade e compreensão, sendo um exemplo de companheirismo para outros clubs do Distrito 4500.


Conversando com amigos, afirmo sempre: não deixo de reconhecer que, envelhecer em Rotary é saudável, pois nunca nos sentiremos sós, porque a amizade é cultivada por todos os companheiros, em todos os tempos, em todos os lugares, sob a égide do Companheirismo, renunciando os protocolos formais de cargos ou funções importantes exercidos na sociedade, nos colocando à nível de igualdade” Por aqui, não tem o tratamento do senhor, do Doutor, do Juiz ou do Promotor; é simplesmente, COMPANHEIRO. Desta forma, o companheiro estando em qualquer país, o seu pronunciamento dizendo eu sou Rotariano, exerce uma força tremenda, eis que, o mesmo se conduz da mesma maneira que o faz no seu país.


Não posso deixar de dizer que noventa por cento das amizades que tenho, foram oriundas de Rotary e que a todo momento a roda dentada se movimenta, conheço mais um companheiro que certamente é uma nova amizade. Este é um movimento constante de renovação que o rotariano tem à sua disposição.

Imaginem, vivi toda a minha vida rodeado de pessoas, dentro dos negócios e, hoje, aposentado, afastado de muita gente, praticamente vivendo sozinho, apenas com a minha esposa. Aí, é quando eu reafirmo da necessidade de se pertencer a um club de serviços, Rotary, Lyons e outros. É natural o isolamento, pois não temos nada para conversarmos sobre assuntos diversos, porque estamos sós e ainda somos considerados descartáveis ou modernamente, deletados – na cestinha/lixeira.

Assim, viva Rotary intensamente, conhecendo muita gente boa, assistindo às reuniões normais no almoço, no jantar ou no café, ouvindo palestras interessantes, revendo os amigos, colaborando com campanhas de ajuda às instituições pobres, oferecendo o seu talento aos menos favorecidos.

No Rotary Frei Caneca, que eu chamo de minha família, depois das reuniões oficiais, vários rotarianos se reúnem, para um papo informal, onde se trata de tudo – Política, Religião, Medicina, Direito e Nutrição. Quem gosta de falar, tem a palavra. Quem não gosta de falar, presta a atenção e ainda come cartola com macarrão, sem pagar um tostão...
Ccabral




JOANA FUTEBOL CLUBE





É curioso, só agora que venho observar, que a nossa família foi uma equipe de futebol, contando com os 11(onze) atletas que lutou em todos os campos da vida, conseguindo os campeonatos disputados com outras equipes, também de valor. Claro, que sendo de puros amadores, descalços, camisas desbotadas, mas com uma Diretoria forte, trabalhando incansavelmente para a vitória, mesmo sem reservas, contando apenas com os titulares - João( o capitão), Ana(a madrinha), José, Batista, Mercilia, Severina, Maria, Sebastião, Aluisio, Clovis e Nair. Este time poderia até se chamar de JOANA FUTEBOL CLUBE, que seria a junção do casal – João e Ana – (papai e mãe) responsável pelas formação dos outros atletas.

Aí vem as coincidências: meu pai, trabalhou na construção do campo do 13 em Campina Grande, carregando barro com a sua frota de jumentos com basculantes, com tecnologia de ponta na época – desatava o nó da corda e descia a carga de barro. Se não me engano, eram 20 animais naquela tarefa, o que lhe rendeu alguns mil reis.

Sebastião, Aluisio e eu, jogamos futebol nas peladas de Campina Grande. Eu gostava tanto de futebol, que fui fundador do Internacional daquela cidade e joguei até os meus 26 anos, quando pendurei as minhas chuteiras, vindo morar no Recife, pra enfrentar outro jogo duro – o de ganhar a vida trabalhando com o meu irmão Sebastião, como contador de sua firma desde 1958. Ainda hoje, gosto de futebol, pela televisão, sendo um torcedor fervoroso do tricolor – Fluminense do Rio de Janeiro, São Paulo paulista, Internacional de Porto Alegre e o Santinha do Arruda.

Que tempo bom, quando praticava esporte, treinando de madrugada, jogando aos domingos, discutindo durante às noites, tudo sobre futebol da terra e de outros clubes do Sul. Sabíamos todas as histórias dos clubes do Rio e São Paulo, tudo acompanhado pelo rádio. Éramos uns fanáticos pelo futebol do Estado, especialmente pelo maior time da cidade, o 13 Futebol Clube e, que depois vinham o Paulistano, o Ypiranga, o Campinense e o Internacional.

Como admirador do Fluminense, eu recebia a revista do clube do Rio de Janeiro, que me dava a autoridade de saber toda história do tricolor e usava aquele broche na lapela do paletó, com todo orgulho, que hoje troco pelo distintivo do Rotary Clube do Recife Frey Caneca, outra equipe muito forte em minha vida...

Ccabral – 20-11-2009

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

GERALDO PIMENTEL - LENINISTA JURAMENTADO




Conhecer Geraldo Pimentel, não é pra todo mundo não. Eu posso dizer que tenho este privilegio, pois mesmo ele sendo de Campina Grande, só o conheci aqui no Recife, por intermédio do meu irmão Sebastião, quando esta pessoa magnífica me foi apresentada, no ano de 1958, como um hábil contador, que prestava assistência ao meu irmão que iniciava os negócios na rua da palma, no Recife. O Geraldo não sabe, mas eu tenho um Livro Contábil - o Diário, escriturado por ele, com aquela caligrafia fantasiada, característica do contador da época ou passador de bicho. Guardo esse livro com carinho, como uma lembrança do nosso vibrante Leninista, a quem, eu gostaria muito de imitar – a caligrafia.

Geraldo é uma pessoa tão importante, que tem como companheira inseparável, a sua Daisy, que lhe deu o seu querido filho, o LENINE, cantor e compositor de primeira grandeza, nacional e internacional, obra prima do brilhante casal – Geraldo, Daisy. Imagino, se seu Severino Pimentel estivesse ainda olhando pra esse fenômeno Geraldo e dizendo: pra frente soldado, só use o seu revolvinho quando for atacado, mas atire pro céu que Deus se defende e os santos rezam por você, camarada...

Fui surpreendido com um pacote bem feito, na portaria do meu Edifício, mas quando olhei pra caligrafia, a emoção tomou conta de mim e o abri com muito cuidado, porque só poderia ser um grande presente, já que esta promessa se encontrava vencida há muitos anos. Acertei; o livro “ERAS EM DEVANEIO”, poesias de Severino Pimentel, Geraldo Pimentel e Lenine Pimentel que, tenho a honra de receber e serei de hoje por diante, o responsável por este acervo de tamanho quilate.

No seu cartão, o Geraldo fala sobre o problema do seu olho esquerdo, comparando-o, ao Camões que só tinha o olho direito e, eu me solidarizo com ele, que também estou com problema no olho esquerdo, mesmo sem ser esquerdista ou Leninista.. Transcrevo aqui, uma quadrinha sarcástica mandada por Geraldo:

O tu, heróico Camões,
Grande poeta português,
Que viste mais por um olho,
Do que nós por todos três.

Olhe, Geraldo, com o olho direito, vou emprestar o seu famoso livro, ao meu amigo Ruy Carvalho, esquerdista que é muito parecido com você e, que saiu na carreira do Recife, durante o movimento militar de 1964; que é um admirador da Poesia. O meu amigo Ruy, ao contrário de nós, tem o corpo todo comprometido com às esquerdas...Enfim, amigo não tem defeito, né, camarada... O Dr. Ruy, acabou de aderir à linha chinesa, agora é CAPITALISTA/COMUNISTA...

Ccabral-19-11-2009

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

APAGARAM O CANDEEIRO E DERRAMARAM O GÁS



A P A G Ã O

Que saudade eu tenho do velho Candeeiro, que se usava nos Trens, nas Minas , nas Residências, utilizando o nosso velho querosene(gás) e que se cantou tanto aquela música popular, Baião ou Coco, que deixava o Nego doido, rodopiando no salão, com o nome de Apagaram o Candeeiro e Derramaram o Gás, cantado por Luiz Gonzaga.

Só sendo de propósito, pela qual a situação em que o Brasil passou no recente Apagão da nossa energia, ficando a metade do país às escuras, parecendo um treinamento de guerra aérea – Black-out. Muito embora, a falta de energia não seja novidade, pois sou do interior, onde se usava a velha Lamparina e o Lampião a Gás, ou carbureto, não me apavoro com nenhum Apagão, pois sempre fui uma pessoa muito apagada.e fico é rindo desses malucos do Governo que estão dando as mais loucas opiniões no sentido de aparecerem perante o público, querendo tirar a culpa do Governo e condenando o Cão, pelo que aconteceu. Como o pessoal do Governo tem boas relações com o Satã, está acusando o PI, partido dos Infernos, que sabotou o PT, desligando a chave do controle da energia para prejudicar a candidatura do Ptezinho.

Dizem os entendidos que, todos os diagnósticos a respeito do Apagão, tiveram a sua origem nas conveniências dos transportes de dinheiro, cocaína e maconha para melhorar o caixa dos partidos para a próxima eleição, pois o tráfego durante a noite é muito seguro.

Agora, chega a candidata do Lula, Dilma, dando mil explicações a respeito do apagão, transformando-o num comício político e os outros bestas contestando o seu pronunciamento besteiral. O melhor que a Dilma deveria fazer era convidar a oposição para uma roda de Coco, cantando e dançando – APAGARAM O CANDEEIRO E DERRAMARAM O GÁS, fazendo um rala bucho infernal, com a presença dos Sem Terra do MST.

Ccabral – 17-11-2009






domingo, 15 de novembro de 2009

COMO EU ERA, COMO SOU...




Não se sabe quem está passando mais rápido – se a pessoa ou o tempo. Na verdade, em se fazendo uma análise fria dos tempos passados, encontraremos razões para dizer: a minha figura era interessante, há tantos anos atrás, quando tinha tantos quilos, cabelos pretos, lisos brilhantes, corpo esbelto, vista boa, músculos rígidos, coragem, versatilidade, dentes fortes, bigode e barbas bem tratados, roupa bem engomada, tropical inglês super pitex, gravata e , sapatos pretos bem reluzentes, óculos Ray Ban, enfim, todo bonito para qualquer namoro exigente, pois se encontrava nos trinques, como dizem agora. Este era o retrato de uma época de ouro, mesmo escrita em branco e preto.

Para minhas queridas amigas e namoradas, aqui vai o panorama presente de um velho furdunceiro que atravessou os melhores dias de vida, sorrindo com tudo, sem esperar esta vida nova-velha, enfrentando todos os desconfortos de viver muito, trocando um espaço novo por outro um tanto enferrujado. Difícil é fazer comparações. Se na mocidade tudo era bonito, na velhice, simplesmente é ao contrário – tudo feio, aborrecido e chato.

Eis, o retrato preto e branco do presente. Os cabelos, já caíram, ficando pregados nos braços e nas orelhas, a careca desponta com o seu brilho, igual aos sapatos pretos do passado, mostrando os defeitos de fabricação. A barba que era cuidadosamente escanhoada e lisinha que só bunda de menino novo, está uma desgraça, cheia de buracos, conseqüência das espinhas e sinais. Músculos flácidos, joelhos enfraquecidos, pernas finas e manchadas, tornozelos magros, veias por todos os lados, andar torto, óculos de fundo de garrafa e o barrigão na frente anunciando a chegada por antecipação. Por incrível que pareça, a barriga é grande, contrastando com a bunda murcha, se parecendo com Air-Bags de automóvel.

Mas é, meus amigos e amigas, tudo chega no devido tempo, com a ausência da mocidade – AM, com o desfile espetacular das doenças, anunciando, na certa, as suas despedidas desse mundo maluco, tão disputado pelos homens que, trabalharam tanto em busca de um tal futuro e só agora entendem, o que lhes espera é a pura ilusão, fechando as cortinas em definitivo do drama da vida. Quem tiver dúvidas, venha contestar com documentos em mãos, assinados pela natureza...

Ccabral- 16-11-2009

domingo, 8 de novembro de 2009

VIVENDO RECIFE RECORDANDO CAMPINA GRANDE






5.00 horas da manhã na praia de Boa Viagem, mar calmo, os automóveis começam a se movimentar, os banhistas chegando, o sol brilhando, que anuncia um novo dia na vida das pessoas. Vivendo nesta praia há mais ou menos quarenta anos, me sinto como uma pessoa da terra, mesmo vindo de nossa Campina Grande, no Estado da Paraíba. Às vezes penso, como foi possível a minha transferência para esta bela cidade do Recife, cidade mágica, que acolhe com tanto carinho os seus visitantes, dando-lhes o certificado de recifense. Claro, a pessoa não perde as raízes da terra em que nasceu, mas o convívio com os recifenses o transforma, concedendo-lhe todo o jeito de viver tranquilamente como se aqui tivesse nascido.

Hoje, as pessoas moram em Boa Viagem, como se não existisse o centro do Recife, pois não é mais necessário ter que ir ao centro da cidade, porque a Praia de Boa Viagem é dotada de um comércio moderno, com uma rede de Supermercados, Shopping Centers, Cinemas Teatros, Hospitais, Faculdades, Televisão, Internet, Telefone Celular e Rede Hotéis. Muitas pessoas quase não mais conhecem as belíssimas pontes do Recife, o Rio Capibaribe, Universidades, Cinemas, Teatros. Por aqui, já não mais existem aquelas belas residências, mas sim, grandes edifícios residenciais, que substituíram os palacetes que serviam para as temporadas de praia dos ricos de uma época.

São estas comodidades que fazem a gente esquecer as nossas cidades onde nascemos, que pouca coisa ofereciam . Entretanto, a sua cidade, a exemplo do Recife, também tomou um impulso de desenvolvimento, tornando-se grandes centros, criando grandes pólos de desenvolvimento, com a criação de Industrias, Comércio de primeira linha, Universidades, Teatros, Cinemas, parecendo-se até com o Recife, devido à fácil comunicação entre as cidades e Estados. Nota-se que o estilo de vida das comunidades são muito parecidas, havendo pouca diferença de viver numa capital e outra cidade do interior, pois as ligações de boas estradas encurtam as distâncias e as comunicações se encarregam de levarem as notícias às mais longas distâncias.

Voltando à Paraíba, relembro o meu coestaduano, Ministro, Governador da Paraíba, José Américo de Almeida que, nos seus discursos dizia: voltar é uma forma de renascer, ninguém se perde na volta. Mas, aqui pra nós, eu tenho um medo lascado de Voltar...

Ccabral – Nov.2009

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

BLOG DO MEU LIVRO




Depois de fazer mil contas para publicar o meu próximo livro de Crônicas, com 130 textos, parece que caiu do céu uma solução - fazer um Blog pela Google, onde conto com espaço sem limite e o pagamento CIF, ou FREE, como diz o inglês. Às vezes, nem acredito no que está acontecendo, publicando os textos que desejar, sem limite de espaço e, levando aos amigos através deste eficiente veículo, o que estava planejando fazer no papel.. Claro, que é preciso estar conectado no computador. Mas, hoje todo mundo tem computador e tudo é muito fácil.

Naturalmente, a gente quer ter o livro, mas os preços estão muito elevados pra quem não é escritor.... Desta forma, enquanto não ganhar na megasena, vou encenando esta fórmula mágica, colocando os textos no blog , que anuncio o meu livro virtual e todos podem ler e dar o seu comentário no fim de cada crônica.

Agradeço a boa vontade dos que poderão ler as minhas historiazinhas sem pagar imposto de renda, ICMS e outros, na base do C I F.

Até os potentados do PT E DO PTSAL, podem se servir dessa VANTAGEM.

Ccabral-nov.2009

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

AIRBAG PESSOAL



Não podemos prescindir de um equipamento de tanta importância dos dias atuais, para as nossas defesas – o Airbag pessoal. Isto é um material de última geração, usado nos veículos de luxo, para amortecer as pancadas nos passageiros, no caso e colisão ou capotagem da viatura. O airbag já vem sedo usado em todo o mundo, obtendo grandes resultados, a exemplo do cinto de segurança. Trata-se de uma opção para cada veiculo, de preço elevadíssimo. O carro popular nunca vem com essa opção, significando que o pobre que se lasque, no caso de uma colisão. São muitos tipos, incluindo até os que defendem a alma do passageiro, que é especialmente para os Deputados, Senadores e Ministros do Governo.

Pois é, esse colchãozinho de ar não é para todo mundo, não. Temos conhecimento que, no caso de uma capotagem, já existe um tipo de Airbag, que injeta para fora do veiculo o passageiro com bagagem, alma e tudo , ficando suspenso no ar, até a chegada do helicóptero de resgate, não causando nenhum arranhão ao distinto. Caso o Helicópero não chegue, vai tudo pros infernos. Que belo, não?

Até agora, falamos do airbag automotivo, de grande utilidade. Mas, acaba de ser lançado na Europa, Estados Unidos e Japão, o airbag pessoal, que está obtendo um grande sucesso, sem nenhum custo, para todos os sexos e idades. Não é o que você está pensando, mas simplesmente o de uso natural da sua “barriga”, hoje, tão odiada, mas de valor inestimável. As recomendações para o uso desse equipamento, são dirigidas às cidades do nordeste, especialmente do Recife.

Como testemunha pessoal desse airbag pessoal, quando descia da calçada em Boa Viagem, pisei num buraco e repentinamente, cai de cara e o equipamento sustentou o corpo todo, como se fosse acionado o colchão barrigal, livrando-me de quebrar os óculos e os dentes. Fui levantado por duas pessoas que pensaram logo que eu tinha amassado ou quebrado a minha face. Portanto, senhores, senhoras e jovens, não deixem de usar a sua barriga em casos de acidentes dessa natureza. Por favor, não se preocupem mais com barriga grande, não tomem remédios para diminuir o Barrigão. Fiquem na sua, usando os outros equipamentos complementares, caindo para trás – a bunda garante uma queda macia e suave...

Este, é mais um milagre indicado pelo Departamento de Saúde dos Estados Unidos, que garante o uso da barriga para os impactos mais pesados da sua vida,(sem ser os da Crise Americana) cujo sucesso, só comparável ao “Viagra”, mas, de ação rápida e protetora pra todas as idades...

Assim, vamos fazer parte dessa Comunidade Barrigal, dando de barriga em tudo que encontrarmos em nossa frente, sem deixarmos a interferência dos políticos, especialmente os senadores e deputados, para que eles não entrem de barriga nas suas passagens aéreas. Vamos fiscalizar a Petrobrás, para que o governo não dê de Barriga nos seus acionistas...

CCabral