segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

ACADEMIA DE LETRAS - PRAIA DE BOA VIAGEM




A Academia de Letras de Boa Viagem sofre um forte impacto, com o triste falecimento do seu primeiro Presidente,o Advogado Dr. Rinaldo Ruy de Carvalho, cadeira número 1. Como fui o incentivador do nosso Presidente Ruy, para que ele escrevesse o livro de suas memórias e, naturalmente, como ninguém,ele era um conhecedor do jogo da vida, não foi fácil escrever o livro – Repisando as Minhas Pegadas, onde contou, a sua caminhada, cheia de emoções, falando a respeito de sua vida, como estudante, como comerciário, como dirigente sindical e como político, partindo de Glória de Goitá, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, retornando à sua querida Recife.Como o Ruy era um admirador do meu coestaduano José Américo de Almeida, eu lembraria a frase: voltar é uma forma de renascer e ninguém se perde na volta...

O Movimento Militar de 1964 o fez deixar o seu Recife, indo para o Sul do país, onde firmou as suas novas bases, conforme os seus relatos no seu livro, quando ele afirma os problemas que teve que enfrentar, em vista da situação política do seu passado. Mas, como os outros políticos, foi anistiado, voltando às suas origens, com mais experiências e mais disposição para o trabalho, como Advogado, que era a sua profissão.

Espírito alegre, grande amigo pra qualquer parada, contador de piadas inteligentes, muito culto, gostava de boas bebidas, brincalhão e, estava iniciando o primeiro estágio de furdunceiro, sobre a minha orientação.A sua primeira lição de Furdunceiro, foi quando ele fez questão que eu fizesse as orelhas do seu livro e eu aceitei dizendo”: está bem, mas como eu sou direitista juramentado faço a do lado direito e você , a do lado esquerdo, para que tudo fique autêntico.”

Às vezes penso, será que Ruy viajou a tantos países, procurando o segredo da vida? Conheceu um punhado de lugares, mas com certeza, felizmente ele não conheceu a grande viagem, que nem usamos o passaporte – porque é a viagem de volta, Eis que, estamos por essa terrinha, fazendo um treinamento pra NADA. É isso aí camarada Ruy, a sua volta ao cosmo, traz para aqueles que o conheceram, uma alegria triste. Alegria por conhecê-lo e tristeza por perdê-lo. Este é o jogo da vida, que comparando à contabilidade – o débito é igual ao crédito, ou melhor; tudo que deve tem haver – é a regra...

Clovis Cabral – jan-2010

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

ADEUS, EMBAIXADOR LINCOLN GORDON




Com o falecimento do ex-embaixador Lincoln Gordon, em 19 de dezembro de 2009, nos Estados Unidos, aos 96 anos de idade, perde o país, um dos melhores diplomatas dos últimos tempos. O Lincoln Gordon foi embaixador dos Estados Unidos no Brasil de 1961 a 1964. O Programa Aliança Para o Progresso, foi trazido para o Nordeste pelo Embaixador, que foi responsável por grandes projetos na região, fazendo intercâmbios com técnicos brasileiros e americanos . O Dr. Lincoln, era um profundo conhecedor dos problemas brasileiros e esteve à frente da Embaixada do seu país na época do golpe militar no Brasil, quando foi retirado do poder, o Presidente João Goulart. Para se ter uma idéia da personalidade e tirar algumas dúvidas a respeito de sua participação no Movimento.Militar e de sua grande amizade pelo Brasil , é necessária a leitura do seu livro de Economia – Brasil Segunda Chance, a caminho do primeiro mundo, escrito em 2002, lançado em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Recife. O apresentador do livro foi o sociólogo, professor da Universidade de Brasília, Conselheiro da Embaixada Brasileira nos Estados Unidos, o Dr. Paulo Roberto de Almeida, que analisa o trabalho, sem nenhuma paixão política, seguindo uma linha de profundo equilíbrio científico da história.

Até hoje, os saudosistas das esquerdas acusam o Lincoln, chamando-o Embaixador do Golpe Militar, quando na verdade, o movimento foi cem por cento brasileiro, em defesa da democracia. Como não poderia deixar de ser, os Estados Unidos com os seus interesses no Brasil, com bilhões de dólares de investimentos, teria que tomar uma posição de apoio à democracia e o fez claramente, impedindo que a Rússia entrasse no páreo, a favor dos comunistas das esquerdas brasileiras pensando que o poder estava em suas mãos...

Certa vez, questionei o Lincoln a respeito da possível invasão das tropas americanas no Brasil e ele me respondeu que, tinha notícias verdadeiras da aproximação dos russos e, como o quadro se desenhava, a alternativa era pra quem chegasse primeiro, cuja decisão de acautelamento cabia a ele, como embaixador dos EUA. Entretanto, não houve nenhuma invasão, mas, os russos ficaram na espreita dos acontecimentos.Assim, quem quiser saber algo a respeito de Lincoln Gordon e de sua amizade ao Brasil, procure ler, A Segunda Chance do Brasil – A Caminho do Primeiro Mundo.

A nossa amizade com o Lincoln Gordon, foi quando a Turma de Economia da Universidade Federal de Pernambuco, em 1964, o recebeu, representando o Presidente Kennedy. O nosso grupo pressionado pelos comunistas, foi obrigado a fazer a divisão em dois, mostrando claramente o jogo ideológico – Democratas versus Comunistas, com muitas desavenças. Desta forma, constituímos a nossa turma e convidamos para Paraninfo, o Presidente John Kennedy e o Patrono Juscelino Kubitschek de Oliveira, ex. Presidente do Brasil. O convite foi aceito, mas, infelizmente o Presidente Kennedy foi assassinado. Como já havia a confirmação dos EUA, com o desaparecimento do Presidente, foi indicado para representá-lo, o Embaixador Lincoln Gordon, bem como Juscelino, que estiveram na formatura, realizada em 1964.. A cerimônia foi realizada no Clube Internacional do Recife.

Encerrado este capítulo da formatura, com a orientação do Embaixador Gordon, viajou para os Estados Unidos, um Grupo de oito formandos para uma visita ao país, onde foram recebidos pelas autoridades americanas, com uma estada oficial, para uma programação de trinta e seis dias, conhecendo as instituições em todo o país, incluindo San Juan do Porto Rico, Estado Livre Associado.

Em 2001, Lincoln, lançou o seu livro- Brazil’s Second Chance: En Route Toward The First World, nos Estados Unidos . Então, sugeri para que ele o fizesse em Português e depois de marchas e contramarchas, o Embaixador resolveu fazê-lo e lançar no Brasil. Com a ajuda do então Conselheiro da Embaixada Brasileira nos Estados Unidos, o Dr. Paulo Roberto de Almeida. Em 2002, o livro foi lançado no Brasil, primeiro em São Paulo, depois no Rio, Brasília e Recife. No salão nobre do SENAC-Recife, foi feito o lançamento, onde o Lincoln Gordon foi apresentado por Clovis Cabral , com a coordenação do Prof. Dr. Marcos A. G. de Oliveira, PhD, do NEA – Núcleo de Estudos Americanos, seguindo-se um debate sobre o livro. Registramos o comparecimento de muitas autoridades, destacando a presença do Dr. Aluisio Alves, ex-Governador do Estado do Rio Grande do Norte, vindo especialmente de Natal, para abraçar o seu amigo, parceiro da Aliança para o Progresso. Dando continuidade à visita ao Recife, o Embaixador, recebeu da Associação Comercial de Pernambuco -ACP, um certificado de reconhecimento por serviços prestados, entregue pelo Presidente da ACP, Dr. Dagoberto Lobo, durante um almoço no Cabanga Iate Clube, presentes os familiares da Turma Kennedy.. Visitando o Instituto Brennand,o embaixador foi homenageado pelo Sr. Ricardo Brennand. Encerrando sua estada no Recife, juntamente com o Economista Pedro Paulo da Silva conhecendo a cidade de Olinda. A parte social, foi organizada pelo economista Rodolfo Mario Maranhão Moreira, pertencente à Turma Kennedy. Devemos ressaltar o trabalho desempenhado pelo Dr. Paulo Roberto de Almeida, comandando de Washington, toda a programação do Dr. Lincoln Gordon para o lançamento do seu livro no Brasil. Não tivemos o prazer da presença do Paulo Roberto aqui no Recife, mas o seu trabalho organizacional foi de suma importância para a efetivação do acontecimento de gratidão ao amigo – Lincoln.


LANÇAMENTO DO LIVRO – SENAC/RECIFE – 22 de novembro de 2002
Apresentação: Clovis Cabral - Coordenador dos Debates: Marcos Guedes

A Turma Presidente Kennedy de Economistas de 1963, a Associação Comercial de Pernambuco, o Senac de Pernambuco, a Gráfica do Senac de São Paulo e o Núcleo de Estudos Americanos-UFPE, têm a honra e a satisfação de apresentar o ilustre diplomata americano, Economista, Pesquisador Convidado da Brookings Instituiton de Washington DC., Dr. Lincoln Gordon, que lançou na semana passada em São Paulo, a edição brasileira do seu último livro sobre o Brasil – A SEGUNDA CHANCE DO BRASIL – A caminho do Primeiro Mundo.

Sem esquecer a sua última estada em Recife, há 38 anos, quando representou o Pres. Kennedy na colação de grau da Turma Kennedy de Economistas de 1963, da UFPE e, que agora volta para abraçar os seus amigos, trazendo as melhores mensagens para um futuro promissor do Brasil, país que tanto tem respeito e admiração.

Devido ao forte interesse ao Brasil pelos eventos do começo dos anos 60, definida a retirada do Presidente João Goulart, por um golpe de estado militar(1964), Dr. Gordon agregou um capítulo à edição brasileira do seu livro, detalhando a evolução das políticas dos EUA nesses anos sobre a base material recentemente desativado(relatórios da Embaixada e outros documentos oficiais e suas lembranças pessoais. O original em inglês desse capítulo adicional está sendo publicado como opúsculo (boolet) pela Brookings Institution sob o título, Brazil, 1961-64 The United States and the Goulart Regime

O Embaixador Lincoln Gordon, tem uma longa carreira acadêmica e diplomata, a primeira iniciada na Universidade Harvard(1936-61), onde nos últimos seis anos atuou como professor de Relações Econômicas Internacionais, cargo desincumbido na Escola Superior de Administração Pública e no Centro de Negócios Internacionais. Entre outros postos acadêmicos, destacam-se o de Presidente da Universidade Johns Hopkins(1967-1971), membro do Centro Internacional Woodrow Wilson, para especialistas do Instituto Smithsonian(1972-1974) e Sênior Fellow da Fundação de Recursos para o futuro(1975-1980.

A atuação do professor Lincoln Gordon no serviço público americano, teve inicio na Junta de Planejamento de Recursos Nacionais(1939-1949),Na Junta de Produção de Guerra(1942-1945). Na Delegação dos Estados Unidos, na Comissão de Energia Atômica da ONU. Entre 1947 e 1950, participou da Administração de Cooperação Econômica do Departamento de Estado relacionada com o Plano Marshall e a OTAN, passando a servir na Casa Branca, como assessor econômico de W. Averell Harriman, como seu suplente na Comissão do Conselho Temporário da OTAN. De 1952 a 1955, o diplomata Gordon foi diretor da Missão do Plano Marshall no Reino Unido e Ministro para assuntos Econômicos da Embaixada Americana em Londres. Em 1961, atuou como consultor do Departamento de Estado sobre o processo do Presidente John Kennedy, tendo então sido nomeado embaixador dos Estados Unidos no Brasil, cargo que deixou no começo de 1966, para assumir em Washington, DC, o de Secretário de Estado Assistente para Assuntos Inter-Americanos.

Em sua longa carreira literária, o professor Gordon é autor e co-autor de inúmeros livros, entre os quais se incluem The Public Corporation in Great Britain(1938), Government and the American Economy(1941,1948,1959), United States Manufacturing Investment in Brazil(1962). A New Deal for Latin America(1963).From Marshall Plan to Global Independence(1979) Growh Policies and the International Order(1979), Energy Strategies for Developing Nations(1981), Eroding Empire Western Relations with Eastern Europe(1987) e o mais recente Brazil’s Seconde Chance En route toward the First World, publicado em maio do ano passado pela Brookings Institution Press. cuja tradução portuguesa acaba de ser lançada pela Editora Senac em São Paulo e hoje no Recife.
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A turma Pres. Kennedy, da UFPE – do Recife – Brasil, lamenta pelo falecimento do seu amigo – Lincoln Gordon, e transmite aos seus familiares, as suas condolências.-*Clovis Cabral de Sousa, Rodolfo Mario Maranhão Moreira, Ricardo Essinger, José Mateus Filho, Orlando Coelho, Nericinor Ferreira, Wilson Gomes(+) e Ivancir Castro(+)

* CCABRAL – JAN.2010










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terça-feira, 5 de janeiro de 2010

ESCREVA AS SUAS MEMÓRIAS





A melhor maneira de você conhecer a sua vida, é sem dúvida, tomar a decisão de escrever a seu respeito, fazendo as suas memórias. Ao escrever a sua vida, no início, os relatos aparecem um pouco encabulados, cheios de dúvidas, medo de não agradar aos leitores pela sua maneira de dizer as coisas, usando ou não palavras bonitas. Vai chegar o momento que lhe faltará histórias para contar, mas não se apavore, pois isto é comum; é devido à quantidade de fatos que estão na sua mente, querendo aparecer em primeiro lugar, como se fossem pessoas desejando contar a sua história.

Uma maneira prática para não interromper o tráfego de notícias de sua mente para o papel, é fazer antes de começar a escrever, uma relação de cada título e, com certo tempo, começar a escrever cada história, fazendo valer aquela que mais você tenha a lembrança dos detalhes, porque isto será um começo e um treinamento para perder o medo de escrever.

Note, que cada dia, a sua relação de histórias vai se movimentar pra menos e pra mais, naquela concepção de que um assunto chama outro e vai se desenvolvendo a sua maneira de dizer as coisas sem procurar imagens espetaculares, se tornando natural o desdobramento de outros assuntos com novos enfoques.

Depois desses passos iniciais, tudo vai ficando claro, você vai identificando a sua força da mente, falando de coisas que jamais você imaginou, como se tivesse descobrindo segredos em você mesmo, a ponto de se tornar reticente sobre determinados casos. Mas, não vacile, vá em frente, porque muita coisa nova irá aparecer, devido a nossa caixa preta, naturalmente estar se abrindo pela primeira vez e os assuntos estão comprimidos na mente, querendo uma oportunidade para exercitar.

Agora, como o amigo(a) já perdeu o medo, escreva, porque você vai descobrir, apenas, que tudo será normal, faltando somente um controle para não escrever muito, porque os assuntos estão exigindo a sua participação efetiva de uma viagem de regresso no tempo, fazendo-o vibrar com tantas alegrias de um passado maravilhoso, do qual somente você poderia descrever com tanta precisão – a sua vida...

CCABRAL-DEZ.2009

CUECAS MONETÁRIAS





Até que enfim, a nossa velha Cueca que estava perdendo o seu uso, volta triunfalmente reformulada, tornando-se, também, num artigo de nossa pauta de exportação, graças aos criativos políticos ladrões, neste país Brasil maravilha. Antes se usava uma belíssima maleta americana da famosa marca Somesonite, especialmente desenhada com as dimensões dos dólares, para conduzir os milhões de cédulas, resultantes dos presentes recebidos pelos serviços prestados pelos “vivos”.

Hoje, a grande quadrilha de políticos, esqueceu aquelas bolsas bonitas, aceitando a nova invenção made in Brasil, a Cueca Monetária, para conduzir o dinheiro roubado dos cofres da nossa nação, fantasiados de mafiosos, infiltrados na política, representando os poderes Executivo e Legislativo, nas barbas do Governo, como se tivessem imitando uns aos outros, dizendo cinicamente:”o que é que há, vocês não roubam, por que nós não temos o direito de dar a nossa beliscadinha, também?”

Mas, vamos aos fatos. O Governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda e outros auxiliares de sua confiança, foram filmados, recebendo pacotes de dinheiro roubados do Erário Público e, os colocando em suas cuecas e meias, e ainda na maior gozação, tirando o sarro nos contribuintes.

Será que a gatunagem dos mensalões ainda não está surtindo efeito, ou as quadrilhas estão reformulando os métodos? Os políticos já não temem nada, porque quase todos jogam no mesmo time dos Ladrões & Cia. e usam aquelas meias compridas de jogador de futebol para caber um maior volume de dinheiro.

Na certa, esses bandidos vão alegar que a filmagem foi simplesmente, um treinamento para descobrir a prática desonesta dos seus colegas. São uns monstros em pesquisa política e com doutorado em safadeza. Parabéns patriotas!!! E o Brasil lhes pede mil desculpas e vai indenizá-los em milhões pelo mal entendido, nos moldes dos esquerdistas/comunistas do passado. Já sei, vão prestar contas com o Satanás, queimando essas notícias no fogo dos infernos!!!

CCABRAL-DEZ.2009



COISAS DE CAMPINA GRANDE - 4




Mais uma vez, olhando o meu passado em Campina Grande, contarei uma história do tempo de jovem, na nossa terrinha, envolvendo o saudoso Francisco Reis, o grande imitador do famoso cantor Vicente Celestino, que era o sucesso da época do Rádio.

Existia no nosso grupo, um colega muito brincalhão que se aproveitava de tudo para transformar o ambiente em humor. O amigo chamava-se Eurivo. Estávamos na praça e chegou o endiabrado, todo fagueiro, dizendo: “vocês precisam me acompanhar pra saber viver. Ouvir música de Vicente Celestino ao vivo e ainda ser chaleirado, não é pra todo mundo, não.”

O Danado do Eurivo, por coincidência tinha o sobrenome de Donato e, parecia mesmo com o Pato Donald, falando e andando. O pessoal ficou na expectativa pra saber de mais uma novidade e ele vendendo o produto por um preço alto, metido a importante...

Assim, o Eurivo anunciou a sua história, pedindo, entretanto, que tivessem calma porque ele iria levar os colegas para o acontecimento musical, sem precedente na cidade, mas os mesmos seriam escolhidas para cada apresentação. Aí, gerou mais emoção pela escolha, pois todos queriam a preferência. Um dos mais espertos, bradou: “queremos saber que diabo de apresentação é essa. E, nós queremos saber como é essa história e conte logo.”

Até que enfim o nosso artista teve que esclarecer como era o negócio. Disse o Eurivo: Como vocês sabem, o pai de Beliza, Francisco Reis, canta igualzinho ao Vicente Celestino e eu tenho assistido todas as noites como convidado de honra. Por isso, que não posso levar mais de uma pessoa por noite. A tática é a seguinte: ficamos na janela ouvindo Chico Reis cantar as músicas do Vicente Celestino com o acompanhamento de Piano pela sua filha Clélia e, terminado o recital, ele sempre pergunta: gostou??? Eu digo, gostei de mais, bato palmas e o Francisco Reis, diz pra sua filha: TRAGA DOCE PRA VISITA; e ainda cantando, com aquele vozeirão, me abraça, agradecendo. Penso que se tivesse um outro instrumento para acompanhamento, seria a Flauta DOCE, né, Eurivo malandrão???

CCABRAL – JAN.2010

A VIDA TEM DESSAS COISAS





Duas pessoas se conhecem, vivendo no mesmo lugar e o destino os leva para outra cidade, mantendo a mesma amizade e, sem observarem, vão mudando a sua maneira de vida, criando novas atividades, fazendo novos amigos, estudando, aprendendo coisas novas, enfim, descobrindo um novo mundo de felicidades.

Com exemplo de novas descobertas de vida, encontramos Beliza Reis, minha grande amiga desde a Escola Técnica de Comércio Municipal de Campina Grande, onde concluímos o curso Técnico em Contabilidade e, de lá alçamos o vôo da Gaivota, nos encontrando em Recife, pra felicidade geral da nação. A Beliza foi funcionária da SUDENE, onde sudeneou até a sua aposentadoria merecida.

Ah, a minha amiga descobriu a sua veia artística, herdando do seu saudoso pai – Chico Reis, o grande parceiro de Vicente Celestino e a sua irmã, a Pianista Clélia, preparando uma fórmula musical, exercitando os cambitos, criou a nova dança chamada BOLETANGO, que está sendo um sucesso no pais inteiro, nos salões das grandes platéias. As academias já estão adotando esse ritmo com a autorização da autora Beliza.

Agora, falar do fugitivo de Campina Grande, onde ensaiou os seus primeiros passos de dança, no Campinense Clube, Aliança Clube 31 e nos cabarés locais, é muito difícil, pois a ausência da mocidade já ataca o lembratório, para falar das danças loucas por mim praticadas, inclusive na época do Roque Errou...( Rock’in ...)

É, Beliza, o seu parceiro, experimentou muita coisa neste Paraíso Recife. Fui contador, economista, empresário, pesquisador de parapsicologia, espírita, budista e rosacruz, sem me destacar em coisa alguma, felizmente...

Finalmente, deu a louca em mim,e por idéia de um amigo, escrevi as minhas memórias, fazendo um livro intitulado “Balanço de uma vida – de Campina Grande ao Recife, onde eu conto as minhas doideiras e de outros. Achando pouco, tomei gosto e, já estou com matéria para publicar mais dois livros de crônicas, que possivelmente serão editados este ano, se eu acertar na mega.Com o meu faro de descobridor, estou inserindo parte dos textos no meu blog – clovispe.blogspot.com
Ccabral-jan.-2010