domingo, 6 de setembro de 2009

VIVENDO, MESMO ENGANADO



Clovis Cabral

Com os meus 76 anos de vida neste planeta doido, pensei em escrever alguma coisa de minhas experiências, no que se refere a “viver”, nos seus vários aspectos, considerando, também , que faço parte da doidice geral.

Nascendo numa família pobre, a gente observa mais do que aquele que vem de uma família rica, que só viu coisas bonitas, fruto de ilusões controladas pelos seus país. A verdadeira vida, a gente só vai entendê-la, quando se alcança a maioridade, esquecendo as emoções passageiras da mocidade.

No meu tempo de criança, mesmo na pobreza, tudo era maravilhoso. A criança sempre foi o centro das atenções dos pais , recebendo o que era de melhor. No meu
caso, aproveitei todo o chaleirismo dos meus pais, e fui crescendo, crescendo. Clovinho, pra cá, Clovinho pra lá. Desta forma, o bonitinho foi se tornando maiorzinho, logo aprendendo as doidices humanas, ensinadas pelos mais velhos, transformando-se em um monstrinho, filho de crocodilo

Se os mais velhos não entendem nada da” caixa de segredos” da pessoa – a mente, como é que elas vão ensinar o que é certo ou errado – um cego guiando outro cego. Dizem, que cada pessoa tem a sua personalidade e, logo aparecem mais cem outras, para ensiná-las; criando uma matéria prima da fábrica de doidos que jamais se acabará, graças a Deus. Ensinam-se às crianças, a falar, a andar, a comer, a ler, a escrever. Nos primeiros passos, pra comer, é a primeira imposição, engolir o que lhes dão e mais tarde, elas vem com uma resposta mole – merda e mijo pra todos os lados, provando que, realmente representam mais cagões nesta terra.


No meu entender, cada dia é uma vida vivida e não se sabe o que vai acontecer amanhã, pois não se tem nenhum projeto de vida real, porque a vida não é só a pessoa, mas o envolvimento de todas as atividades humanas e materiais.

Daqui pra frente, tentarei escrever mais alguma coisa que não fiz no meu livro BALANÇO DE UMA VIDA, envolvendo pessoas amigas e familiares, sem um ordenamento perfeito, aproveitando-me da condição de “amador” e não de escritor.

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