terça-feira, 8 de setembro de 2009

TAPIOCOLÂNDIA








Esta semana tive uma grande recordação de minha saudosa mãe, quando comecei a pensar nas famosas tapiocas feitas em casa. Lembro-me, como se fosse hoje, eu de olho nos movimentos de minha mãe, preparando a goma e o coco, com uma pedra fininha, onde colocava a tapioca para assar no fogo de lenha, fazendo aquela fumaceira horrível. Mas, tinha que ser em cima da pedrinha que substituía uma caçarola de metal. Enfim, o objetivo era fazer a tapioca pra família e salvem-se quem puder. Minha mãe sempre olhava para nós, dizendo: “... quem não tiver gostando, levante-se e vá comer na sua casa”. Tanto eu comia a tapioca, como esperava pelo pó da goma que sobrava, torradinho.

Em nossa casa não tinha essa história de tapioca com queijo que se usa hoje, não. Era tapioca com ou sem coco com café e pronto. Já era muito!

Agora, estou lembrando uma festa no Abrigo Cristo Redentor, que é mantido pelo Rotary Club do Recife, quando o companheiro Isaltino Bezerra, metido a cozinheiro, todo paramentado de Mestre Tapioqueiro, preparava as famosas tapiocas de goma para os convidados, distribuindo aos rotarianos com toda a gentileza, sem nada cobrar. Claro, fiquei com a maior inveja, porque a minha mãe não estava ali, com a sua pedrinha para desbancar os sofisticados equipamentos eletrônicos usados pelo ISALTINHO, que dizia:” trouxe esta tecnologia do exterior e com as mãos nos quartos , um andar diferente, pulando que só uma guariba, bradava, venham senhores, provem a minha especialidade – tapioquinhas gostosas e misteriosas.” Confesso, fiquei espantado e disse pra mim mesmo, se minha mãezinha estivesse aqui, mandava esse cozinheirozinho de meia tigela pra ponte que caiu...

Mestre Izaltinho, me entrego à sua especialidade tapiocal e aguardo a Convenção da Tapioca que o amigo vai realizar para degustarmos as famosas tapioquinhas eletrônicas de sua fabricação, já conhecidas até no exterior.

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