quinta-feira, 9 de setembro de 2010

NASCE, CRESCE E DESAPARECE



Então, nascemos, crescemos e desaparecemos, deixando lembranças aos que ficam, esperando a vez? Aí está o retrato preto da vida, que é a eterna ilusão. Faleceu, ontem, o nosso querido Coronel do Exercito Brasileiro, Cezar Marinho. O companheiro era um pessoa distinta, preparada culturalmente, com vários cursos universitários, sincero, alegre e profundo conhecedor de nossa história. Conheci o Cezar, dentro do mar, tomando o seu banho matinal junto com a turma de idosos da praia de Boa Viagem, onde, com a sua simpatia, dominava todo ambiente, contando as suas histórias – sempre em voz alta, pois não tinha papa na língua...
Parece, que a praia de Boa Viagem é o ponto de encontro das grandes personalidades, especialmente, daqueles que nasceram na Paraíba. Vejam, que trajetória: nasceu em Lagoa Nova, perto de Campina Grande, onde estudou no colégio Pio XI, cujo estabelecimento era dirigido pelo Padre Emídio, de quem o nosso colega contava algumas histórias cabeludas, deixando a turma morrendo de ri...
Seguindo o seu roteiro, ele foi pra João Pessoa, Rio de Janeiro e voltou para o Recife, já na reforma do Exercito. O companheiro era uma pessoa sem besteira, brincava com todas as pessoas e, comigo ele sempre dizia:” nessa paróquia só existem dois coronéis, um sou eu e o outro é o Coronel de Fandango Clovis Cabral, pra quem eu bato a minha continência, porque ele é da Guarda Nacional da Paraíba.”
O nobre Coronel criou uma plataforma de encontro na areia da praia, colocando uma cadeira com as cores do Santa Cruz, como indicação das roupas milionárias dos banhistas, especialmente, às de Clovis Cabral, dono da Botija de Londres, da qual ele se achava participante daquela fortuna Cabralística, valendo a nossa coestaduanidade.
Portanto, faço a minha continência à essa grande personalidade, que cumpriu o seu dever, defendendo a sua Pátria. Adeus, Coronel Cezar.
Clovis Cabral – set.2010

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