segunda-feira, 6 de setembro de 2010

HISTÓRIAS DE UM FURDUNCEIRO



Desconfio, que a figura chamada de Furdunceiro, é um amigo que procede de uma cidadezinha da Paraíba, de nome Pirpirituba, lá por perto de Mamanguape. Disseram-me, que o bicho Antonio Fernandes de Oliveira, veio numa carroceria de caminhão de feira, amarrado pelas pernas feito animal brabo do sertão. Falam, que o esforço para transportar o cara para Pernambuco, sem guia passada em Cartório, foi outro drama, eis que o coletor queria colocar o carimbo no rabo do bicho e ele reagiu, espinafrando o zeloso serventuário, apelidando-o de Furdunceiro Nojento, não admitindo ser amarrado pelos cambitos, feito porco novo. Mas, o nosso querido Tonho cresceu, foi logo se registrando como Pernambucano, morando no bairro de São José e ficou escondido pra não dar pinta de matuto. Quando descobriram a ficha do artista, ele prontamente se transferiu para Olinda e meteu-se a ser Professor. Paciência, quem tem um currículo desse só pode ser Catedrático até na China.

E o distinto, continua a sua missão de Mestre, agora partindo para Carpina, pra fundar uma Faculdade e ensinar as suas técnicas das mais avançadas ao povo daquela bela cidade, lhe orientando a dar nó em pingo d’agua e decorar o Dicionário de Caldas Aulete, de A a Z, pra encontrar a palavra – FURDUNCEIRO.

Na certa, o Professor Antonio Fernandes de Oliveira, vai criar uma cadeira especializada em Furdunço, para provar que o Furdunceiro é Clovis Cabral, de Campina Grande, que saiu de sua cidade, na carreira, vindo também, a seu exemplo, se esconder na Rua da Palma número 5, no mesmo bairro de São José.

Diante da defesa de tese do Professor Antonio, estou me convencendo furdunceiramente, que sou eu, o FURDUNCEIRO dessa paróquia. Reconheço, que se esta questão fosse com o meu velho pai, ele iria dizer: Tonho, vai te agarrar com Zefa do Peitão, em Campina Grande, onde o Diabo Perdeu as esporas, filho da peste...
Ccabral-set.2010

Nenhum comentário: