sábado, 8 de janeiro de 2011

PRECATÓRIO OU PURGATÓRIO


Clovis Cabral

Fim de semana, tempo bom para uma volta ao passado, lembrando especialmente fatos importantes em nossa vida de trabalho, enfrentando os grandes problemas de nossas atividades. Por mais que o tempo passe, fica gravado, tanto na sua mente como nos livros contábeis as operações de crédito e débito/fiscal.

O negócio é o seguinte: a gente sai do comércio, por exemplo, mas fica ligado ao governo, por débito ou por crédito. Se, por crédito, tenha paciência e faça um Curso de Direito, com especialização em Tributos ou contrate os melhores advogados da área para defendê-lo e fique feito um maluco, atrás de processos e decisões, com aquelas numerações extensas, indo de um setor para outro, transferindo-os para outras varas, tudo no sentido de que determinado crédito reclamado entre num tal de Precatório ou exercício findo, resultando que o Governo não pague o seu débito, com as alegações, dentro de mil leis, com palavras muito estranhas para o Pobre Marquês, já cansado, aposentado pelo INSS, com os seus 70 anos de trabalho, com as grandes dificuldades de se movimentar nessa mão e contramão de documentos. Até os encontros de contas, que seriam lógicos para definir uma questão, o Governo cria impasse, informando, este pode, mas este não, de acordo com a lei tal. Enfim, tudo é dificultado, como fórmula clara de não pagar e o coitado do contribuinte se preparando pra morrer e mandar do céu ou do inferno a absolvição do Estadão, uma certidão de isenção, transferindo tudo para o tal de PRECATÓRIO, com o novo nome – PURGATÓRIO, conforme lei tal, combinado com a resolução de tanto de tanto, levando tudo às profundas do inferno, com abono de Lúcifer, Juiz substituto da Vara Superior.

Ah, com relação a algum débito do contribuinte com direito a compensar, isto não interessa ao Governo que, impiedosamente o leva logo para execução fiscal, envolvendo os bens do contribuinte e da empresa, tirando-lhe todos os direitos de certidões para novos negócios. Mesmo os bens de família são as vezes sacrificados, colocados no leilão para cobrir os débitos acrescidos de juros, multa e correção monetária.Vejam que diferença entre o que o Governo deve e não paga, usando de artifício – Precatório. É a lei do mais forte, o Governo que tem todos os direitos e, os contribuintes, as obrigações fiscais as mais absurdas, fazendo com que os produtos vendidos à população sejam super valorizados, prejudicando o crescimento das Empresas. Nunca se viu o Governo procurar saber dos problemas dos contribuintes mas, quando o imposto cai, o Órgão vai ao empresário, na suposição de que está havendo sonegação e não queda de venda que, em consequência gera a crise. O Governo é bom? Então, fique com ele que não quero nada de volta... 08/01/2011

2 comentários:

Unknown disse...

Adorei!

Unknown disse...

Clóvis

Haja folego!
Continue escrevendo