quinta-feira, 1 de julho de 2010

AGRADECIMENTO CALCULADO




Depois de fazer três pequenas crônicas a respeito de um crédito que tenho direito, relativo a entrega em consignação de 6 livros à digníssima Livraria Saraiva e, em vista destes produtos já terem sido vendidos, há mais ou menos um ano e meio, sem o respectivo pagamento, mesmo com os apelos das referidas crônicas enviadas, com os títulos:1) SARAIVADA CULTURAL; 2) PALAVRA DO DIA-SARAIVADA; 3)SARAIVADA EM CONSIGNAÇÃO, à famosa Livraria, que nada resolveu, volto à mencionada Empresa, para de princípio informar que fiz uma transação e não doação.

Diante desta situação, passei a me questionar sobre esta transação, fazendo um retrospecto de minha vida, quando trabalhei durante 60 anos no comércio, começando como um simples embalador de mercadorias(pacoteiro), vendedor, contador, economista. Confesso, durante este tempo de trabalho, nunca passei por um caso deste, para o que vale aquela história: vivendo, aprendendo e agradecendo.

Por que vou agradecer? Porque já pensaram, se eu tivesse entregue, ao invés de seis livros, ao valor de venda de R$30.00 por exemplar, apenas 100, isto já seria o montante de R$3.000,00. Claro, que para a Saraiva, é um número inexpressivo, mas para o pobre Marquês, é um valor altíssimo. Portanto, me ajoelho agradecendo pelo valor calculado, pois me levaria à falência total se eu tivesse entregue um número maior de exemplares em consignação.

Esta, senhores escritores, é uma história que, durante os meus 78 anos não aprendi e não é agora que vou aprender. Isto está muito parecido com o diálogo do turista burro: compra a lembrança cara,sendo roubado, fica rindo e agradece, se possível em inglês – Yes, thank you sir. É, foi assaltado sim, mas falou inglês – yessssss. Já no meu caso, falei Grego...riano. Enfim, meu pai acertaria em cheio – dizendo:toma corno...
Ccabral-julho-2010




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