terça-feira, 6 de abril de 2010

ATÉ AS PEDRAS SE ENCONTRAM

Saímos de Campina Grande , no Estado da Paraíba, no ano de 1958, sem nos conhecermos e o destino, silenciosamente nos coloca cara a cara no Recife, oferecendo um presente de muito valor, que jamais esperava. Esta chamada coincidência nos aproximou, quando fui apresentado ao Alfredo Dias, filho do nosso amigo Harrison(Tota). Acredito, que o Tota tinha escondido essa joia de pessoa, como se fosse um vinho famoso e esperava a hora certa para uma degustação, dentro do seu estilo carrancudo.

À primeira vista, na apresentação do Alfredo, fui logo dizendo: essa cara é parecida com alguém que conheço, mas me enganei, o companheiro tem as feições é de Tota mesmo – um tanto prognata. Inteligente, educado, boas maneiras de tratar, enfim, um cavalheiro.

A nossa conversa rolou sobre a terrinha – Campina Grande, onde garimpamos por todos os lugares, nos divertindo nos clubes, nas festinhas , namorando com as moças da cidade, mas nunca nos encontramos nos locais das nossas cenas cinematográficas. Parece que andamos pela mesma trilha, inconscientemente, saindo de Campina Grande, na carreira, pois o ônibus de seu Hilário, que sempre partia atrasado e tinha que correr.

Até a profissão do Alfredo é de contador, o que sou também. Tome coincidência nessa vidinha. Contamos várias histórias muito engraçadas e a última que lhe contei foi a seguinte: quando o seu avô morava na Vila Nova da Rainha numa belíssima casa de esquina, muro grande, onde eu me encostava com a minha namoradinha e rindo larguei – ou murinho bom da gota!!!
Ccabral-março 2010

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