segunda-feira, 28 de março de 2011

REVENDO MARICOTA


Clovis Cabral

Que saudade; o tempo não apagou de nossa lembrança, a famosa Maricota, onde Antonio F. de Oliveira frequentava nos fins de semana, viajando para Mamanguape, na Paraíba. O companheiro, parou o seu automóvel e soluçou, dizendo: “Clovis, me desculpe, mas tenho que parar antes de me dirigir para Itamaracá e, lhe confessar o grande amor que tinha – Maricota, que não sai de minha cabeça, depois de cinquenta anos.” É, o meu amigo só não fez chorar, encabulado que estava, mas olhou para o céu implorando que tudo voltasse no tempo e ela aparecesse para que ele provasse o seu amor.

Fiquei um tanto confuso, pois estávamos em Abreu e Lima, cuja cidade estou acostumado passar quando vou a Campina Grande. Mas, o Antonio continuava a procurar um determinado lugar, uma certa rua. Então, desconfiei que o amigo estava delirando e tratei de falar sobre coisas diferentes tirando-o daquele passado, mas sem conseguir, pois ele estava tremendamente apaixonado pela sua Maricota, fazendo a sua descrição com palavras amorosas, faltando para completar o passado, até ensaiou uma poesia de matuto, entoando também, uma música de Jackson do Pandeiro, que fazia parte das festas de fim do ano, nas danças de arrasta o pé.

Não aguentando mais a choradeira, me preparei com muito cuidado para, finalmente, continuarmos a nossa viagem, indagando: quer dizer que a Maricota, foi na verdade, o amor de sua vida?

- Ah, meu amigo Clovis, parece que você continua lavando burros no Açude Velho de Campina Grande? MARICOTA, era o nome dessa cidade e eu não sei porque este nome, que nem o Google sabe informar. Mas, aqui pra nós, muitas Maricotas existiam mesmo por essas bandas, pulando num pé só, feito umas guaribas.

Vamos deixar Maricota e comer agulhas fritas sem espinhas em Itamaracá e trazer as cabeças pra Wilson Soares morrer de inveja. So long. 28/03/2011

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