terça-feira, 1 de março de 2011

DA BENGALA AO PENICO

Josué de Olivewira Lima (DRT 019)

gibiaquatico@hotmail.com

Janio Quadros, quando vivo, escreveu-me um dos seus bilhetes, dizendo: Josué. Duas coisas não suporto; HOMEM BURRO E MULHER FEIA. Você não é uma coisa nem outra. Algo me diz que ainda caminharemos juntos .

Isso foi uma frase que me trouxe muito conforto e eu cheguei a pensar em seguir o Janio. Hoje não tenho mais esse desejo até porque não quero passar para a eternidade tão cedo. Como diz o motorista Ismael, para que tanta pressa se a outra vida é eterna?

Estou fazendo este registro na esperança de que o Clovis Cabral o aproveite na sua trajetória de cronista da realidade atual.

Senti vontade de escrever estas coisas quando sou forçado a uma guinada ao estilo de vida do passado onde era chique usar bengala. Sempre tive horror ao uso deste amuleto. Hoje para me livrar o peso do corpo sobre o joelho tenho que usar bengala até no banho de mar em Boa Viagem no Aquário de Deus.

Outra coisa fora de moda. O Penico. Estou usando o penico para não respingar o xixi na trajetória entre a cama e o toalete. Mandei comprar um penico e quase não encontro. Lembrei o tempo em que assumi a gerencia do Banco do Nordeste em Teresina e ouvi as histórias de seu Jean, Frances e gerente da casa de atacado.

Os empregados era recrutados na frança e El os empregava na firma com autorização do Sr. James Frederico Clarke. Os jovens aprendiam português ouvindo os clientes, olhando para o Sr. Jean, que apontavam o produto cujo nome era desconhecido pelos jovens imigrantes. Um dia chegou uma cliente e perguntou:

‘Tem penico?

Jean apontou e ele despachou vendendo um penico.

Outra cliente perguntou:

Tem urinol?

Ele apontou e o rapaz vendeu outro urinou. E assim sucessivamente.

Um homem perguntou: Tem Capitão de mão no Quarto, sr jean apontou e menino vendeu. Daqui ma pouco outra senhora gordona perguntou : Tem manteigueiro O rapaz mão pestanejou. Subiu a escada e trouxe mais um penico para vender , o que aborreceu a cliente que nunca mais voltou a entrar num dos estabelecimentos do sr James Fredrik Clark

Nenhum comentário: